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Interior

Executados a tiros, Gláucia e Eberton tinham parceria na vida e no crime

Casal tinha condenações por porte de arma e tráfico de drogas e história conturbada por passagens policiais

Silvia Frias | 14/12/2020 16:09
Gláucia e Eberson foram casados por 9 anos e morrem ontem; hoje, ela faria 30 anos (Foto/Reprodução)
Gláucia e Eberson foram casados por 9 anos e morrem ontem; hoje, ela faria 30 anos (Foto/Reprodução)

Casados há 9 anos, Eberton da Silva Barros, 33 anos, e Gláucia Luciano da Silva, 30 anos, tinham, em comum, história conturbada por passagens policiais e condenações criminais. A parceria na vida e no crime acabou na noite de domingo (14), quando os dois foram assassinados a tiros, em Dourados.

Hoje (15), o SIG (Setor de Investigações Gerais) prendeu Josilei Silva Souza, 30 anos, que confessou os crimes e disse que estava sendo ameaçado. Outros dois homens também foram detidos e a polícia averigua a participação deles na dupla execução.

Antes de se conhecerem, a ficha policial já existia. Segundo site Ligados na Notícia, ele já tinha sido acusado de tentar matar a tiros a ex-companheira, então com 16 anos, em 2006.

Juntos, Gláucia e Eberton já foram condenados em crimes ocorridos em Dourados e Maracaju.

No dia 29 de setembro de 2016, o casal foi até a 2ª DP (Delegacia de Polícia) em Dourados para registrar boletim de ocorrência por tentativa de homicídio. Eberton, o “Betinho”, havia sido vítima de atentado a tiros no dia 24 daquele mês. Uma das balas ainda esteja alojadas nas costas dele.

O casal foi acompanhado de dois amigos, que ficaram no carro, aguardando o registro da ocorrência. Gláucia foi até o veículo conversar com os dois, o que despertou a atenção dos policiais que estavam na delegacia. Revista foi feita no veículo e foram encontrados dois revólveres, calibre .38 e 11 munições.

Os dois homens que estavam no veículo disseram que as armas foram dadas por Eberton, que alegou “Ta aí, se precisar”. Uma delas seria de Gláucia.

O casal nega a acusação, alegando que os amigos apareceram com as armas, dizendo que seria proteção, caso Eberton fosse novamente vítima de atentado.

A condenação saiu no dia 9 de março de 2019, pela 1ª Vara Criminal de Dourados. Eberton foi sentenciado a 2 anos de prisão e 10 dias multa, no regime aberto; Gláucia, a 2 anos e 3 meses de prisão, o regime semiaberto.

Entre o flagrante a condenação, o casal foi flagrado por tráfico de drogas, no dia 16 de dezembro de 2016. Eles haviam se mudado para Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande e trabalhavam em uma conveniência, no bairro Portugal.

Naquele dia, equipe do SIG foi até a conveniência. A polícia já estava monitorando o local há um mês, depois que recebeu várias denúncias de que ali funcionava ponto de venda de drogas.

No escritório, foram encontrados 502 gramas de maconha, 439 gramas de crack e 33 gramas de cocaína. No carro do proprietário da conveniência, revólver calibre .38. Os policiais também encontraram três máquinas caça-níqueis no estabelecimento.

O casal negou qualquer participação no esquema, dizendo que foi contratado para atender os clientes na mesa.

A denúncia foi formalizada em junho de 2017, na 2ª Vara de Maracaju. Gláucia foi condenada a 6 anos de prisão, em regime fechado e Eberton, a 7 anos de prisão. Na condenação, ela foi para o presídio de Dois Irmãos do Buriti e ele, para o presídio de Rio Brilhante.

Somente voltariam a se reencontrar, em liberdade, em 2019, depois que ela foi beneficiada com regime semiaberto.

No domingo à noite, juntos, saíram para comprar leite para a filha, de 4 anos. Foram ate bar no Parque das Nações II e acabara surpreendidos por criminosos que dispararam várias vezes contra eles. A polícia recolheu pelo menos 11 cápsulas no local. Eles morreram no local. Além da menina de 4 anos, Gláucia deixa filha de 12 anos, de relacionamento anterior.

Hoje, Gláucia completaria 30 anos.

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