Expulso em tempo recorde, líder do PCC no Paraguai é entregue à PF
Eduardo Aparecido de Almeida, o Pisca, morava numa mansão em Assunção protegido por oficial da Polícia Nacional
Eduardo Aparecido de Almeida, 39, o “Pisca”, chefe das operações do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai e na Bolívia, já está em poder da Polícia Federal brasileira. Preso pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) na tarde desta quarta-feira (18) em uma mansão em Assunção, o bandido brasileiro foi expulso do Paraguai e entregue à PF em Foz do Iguaçu (PR) no início da madrugada de hoje.
O ministro Hugo Vera, que comanda a Senad, reconheceu que Eduardo de Almeida só foi localizado após informações recebidas da Polícia Federal do Brasil e tentou justificar o fato, afirmando que as autoridades brasileiras têm mais condições de rastrear os bandidos que passaram por suas prisões.
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Na capital paraguaia, Pisca morava há pelo menos um mês em uma mansão alugada – a casa pertence a um ex-jogador de futebol argentino que entregou o imóvel para ser administrado por uma imobiliária.
Além do avançado sistema de segurança com câmeras ao redor da casa, Pisca contava com a proteção de agentes da Polícia Nacional do Paraguai.
O oficial Carlos Alfredo Mendoza foi preso na mansão do chefe do PCC. Ele é acusado de ser segurança particular do traficante e responsável em fornecer documentos para Eduardo Almeida circular livremente como cidadão paraguaio.
Também foi expulso do Paraguai entregue à PF o brasileiro Ricardo Moraes Alves, apontado pela Senad como suposto “colaborador próximo” do PCC.
Segundo a polícia paraguaia, além de comandar a conexão para trazer cocaína da Bolívia e enviar ao Brasil através do Paraguai, Pisca é suspeito de envolvimento no bilionário assalto ao principal cofre da empresa Prosegur em Ciudad del Este, em abril de 2017.
Na mansão com piscina e móveis caros onde o brasileiro morava, a Senad apreendeu 102.000 dólares em dinheiro, documentos, telefones, computadores, duas caminhonetes e duas motocicletas esportivas importadas. Pisca tem seis mandados de prisão no Brasil por tráfico de drogas e de armas, formação de quadrilha, sequestro e homicídios.