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Fábrica de celulose antecipa início das operações em Três Lagoas

A Fibria dobrará a capacidade de produção, atingindo 3.25 milhões por ano apenas na nova unidade

Lucas Junot | 03/04/2017 16:01
Ainda em 2017, o Projeto Horizonte 2 produzirá 300 mil toneladas de celulose (Foto: Divulgação/Fibria)
Ainda em 2017, o Projeto Horizonte 2 produzirá 300 mil toneladas de celulose (Foto: Divulgação/Fibria)

A Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, anunciou nesta segunda-feira (3), a antecipação da conclusão das obras e o início da operação do Projeto Horizonte 2, que constrói a segunda linha de produção de celulose da companhia em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande. Anteriormente previsto para o quarto trimestre de 2017, início das operações acontecerá já no mês de setembro, no terceiro trimestre deste ano, garante a empresa.

Com investimentos de U$ 2.3 bilhões, equivalentes a R$ 7.7 bilhões, a Fibria dobrará a capacidade de produção de celulose atingindo 3.25 milhões por ano, isso, apenas na unidade de Três Lagoas.

Ainda em 2017, assim que iniciar as atividades, o Projeto Horizonte 2 produzirá 300 mil toneladas de celulose. No ano seguinte, chegará a 1,74 milhão de toneladas de celulose de eucalipto, chegando a 1,85 milhão de toneladas/ano em 2019. A partir de 2020, estará operando em sua capacidade máxima de 1,95 milhão de toneladas previstas.

De acordo com a empresa, com a finalização do Projeto Horizonte 2, o custo caixa de produção da Fibria, hoje um dos mais competitivos do mercado global de celulose, ficará ainda mais baixo. Atualmente, o custo caixa de produção da companhia é de US$ 206 por tonelada de celulose, abaixo da média do setor no Brasil (US$ 232/ton), do Chile/Uruguai (US$ 299/ton) e da Indonésia (US$ 305/ton).

Em 2021, com a nova fábrica em Três Lagoas já produzindo, somada à redução da participação da madeira de terceiros, a Fibria estima que seu custo caixa de produção cairá para US$ 155 por tonelada.

“Desde o anúncio da nossa expansão, em 2015, investimos todos os nossos esforços na conclusão do Projeto Horizonte 2, sempre amparados em uma estrutura financeira sólida. Neste período de dois anos, já revisamos para cima a capacidade de produção da nova linha e agora antecipamos a conclusão, o que evidencia o comprometimento de toda a equipe em ganhar produtividade, reduzir custos e fazer sempre melhor. A antecipação da operação da nova linha em Três Lagoas representa o começo de uma nova fase para a companhia, de colher os frutos que plantamos”, afirma Marcelo Castelli, presidente da Fibria.

Atualmente, o andamento das obras de ampliação está com 87% do projeto realizado e o avanço financeiro está em 59%. Em fevereiro, iniciaram-se as obras do terminal intermodal no município de Aparecida do Taboado (a 481 quilômetros de Campo Grande), que atenderá o escoamento da produção de celulose da nova fábrica em Três Lagoas para o Terminal de Macuco, no Porto de Santos -SP, que também já está em construção. O terminal intermodal – que integra vários meios de transporte, como o rodoviário e o ferroviário – está localizado na BR 158 e terá capacidade para escoar 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano. O término das obras do terminal está previsto para julho de 2017.

A base florestal para abastecer a nova linha de produção da Fibria também já está assegurada e próxima à fábrica de Três Lagoas, com raio máximo de 100 quilômetros de distância, conforme planejado. Dos 187 mil hectares de florestas plantadas necessárias para abastecer a nova unidade, já foram plantados 135 mil hectares de eucalipto e outros 52 mil hectares ainda serão plantados entre 2017 e 2018.

A Fibria estima que, de setembro até o final do ano, a nova fábrica em Três Lagoas (MS) irá produzir 377 mil toneladas de celulose. O aumento da produção virá gradualmente, atingindo a plena capacidade de 1,95 milhão de toneladas/ano em 2020.

A empresa garante que a nova linha de produção segue os mais modernos conceitos de ecodesign, com processos produtivos mais limpos e eficientes. Além disso, toda a energia consumida é gerada na própria fábrica, por meio de biomassa proveniente de cascas do eucalipto e biomassa líquida resultante do processo industrial. Com o aumento da capacidade de produção, a unidade industrial, além de gerar e consumir a própria energia, passará a ter um excedente de 130 MWH, que contribuirá positivamente para o balanço energético brasileiro, além de favorecer a matriz energética ao usar fontes renováveis.

Sobre a Fibria - Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria tem capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose. A companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso. A companhia possui 969 mil hectares de florestas, sendo 568 mil hectares de florestas plantadas, 338 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental e 63 mil hectares destinados a outros usos.

A celulose produzida pela Fibria é exportada para mais de 40 países. Em maio de 2015, a Fibria anunciou a expansão da unidade de Três Lagoas, que terá uma nova linha com capacidade produtiva de 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano, e entra em operação no quarto trimestre de 2017.

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