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Interior

Fazenda de Dourados aparece na lista suja do trabalho escravo no Brasil

Paulo Nonato de Souza | 24/03/2017 17:16
Resgate de trabalhadores em situação de escravidão em fazenda de Mato Grosso do Sul (Foto: Arquivo)
Resgate de trabalhadores em situação de escravidão em fazenda de Mato Grosso do Sul (Foto: Arquivo)

A lista lista suja do trabalho escravo no Brasil, divulgada esta semana pelo Governo Federal, traz a Fazenda Santo Antônio, em Dourados, como uma das propriedades autuadas pelo Ministério do Trabalho por submeter quatro empregados a condições de escravidão.

Com autuação de 2014, o proprietário da fazenda Santo Antônio é identificado apenas como Prestadora de Serviços e Comércio de Madeiras Benites, empresa fundada em 24 de agosto de 2001 com sede no bairro Parque das Nações, em Dourados.

Esta não é a primeira vez que Mato Grosso do Sul aparece na lista suja do trabalho escravo. Entre 2013 e 216 o Ministério do Trabalho autuou nove fazendas sul-mato-grossenses e com o apoio da polícia resgatou o total de 25 trabalhadores em situação de escravidão.

Em fevereiro deste ano, quatro trabalhadores que estavam sendo mantidos em condições de trabalho escravo foram resgatados de uma fazenda no interior de Corumbá, na região conhecida como Pantanal da Nhecolândia, distante cerca de 419 quilômetros de Campo Grande.

O resgate ocorreu graças a uma força-tarefa envolvendo a Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar Ambiental e a Polícia Civil. A identificação dos trabalhadores e o nome da fazenda não foram divulgados.

No total, a lista elaborada pelo Ministério Público do Trabalho com base em informações prestadas por fiscais do Trabalho relaciona 68 empresas em todo o Brasil. Segundo o Ministério do Trabalho, o cadastro tem 85 empregadores que submetem pessoas ao trabalho escravo no Brasil.

A divulgação da lista com empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão, estava suspensa há dois anos pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Martins Filho, e foi publicada após parecer favorável do ministro Alberto Bresciani, do TST, que suspendeu os efeitos da decisão do presidente da Casa.

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