ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 23º

Interior

Funai corta comissionados para manter posto de Nioaque em funcionamento

Em crise, a fundação chegou a anunciar o fechamento de metade das unidades no país

Lucas Junot | 13/04/2017 15:05
Deputados estaduais e lideranças indígenas e políticas de Nioaque (Divulgação/Assessoria)
Deputados estaduais e lideranças indígenas e políticas de Nioaque (Divulgação/Assessoria)

O fechamento do posto de atendimento da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Nioaque, que seria extinto junto a outras 50 unidades do país, dentro da política de cortes de gastos da fundação, foi suspenso esta semana, diante dos protestos das quatro comunidades indígenas do município de Nioaque e da insatisfação das lideranças a comunidade.

A Funai decidiu cortar, nos próximos dias cargos comissionados na direção nacional para manter em funcionamento o posto de Nioaque, mas informou números referentes à contenção de despesas.

O deputado e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Junior Mochi (PMDB) mediou o pedido do prefeito do município Waldir do Couto Junior (PSDB), do presidente da Câmara Danilo Catti (PSDB), caciques e lideranças das aldeias Água Branca, Cabeceira, Taboquinha e Brejão junto ao presidente nacional da Funai.

"Nosso município não tem recursos e perder um órgão como esse, que atende minimamente a comunidade indígena é um prejuízo muito grande", disse o prefeito.

Por telefone, o presidente nacional da Funai, Antonio Costa, expôs as dificuldades e mostrou que uma solução seria reverter à decisão, deslocando o corte de despesas para outro setor com menor impacto social.

No ano passado, relatório da própria Funai encaminhado ao Ministério Público revelou que o orçamento de 2016 perdeu R$ 67 milhões no país inteiro em relação ao ano passado e o previsto para este ano, motivo pelo qual chegou a ser anunciada redução de 43% nas ações de fiscalização e combate a invasões de terras indígenas e o encerramento das atividades de 6 a 12 “frentes ambientais”.

Conforme o memorando os valores são insuficientes para o atendimento dos objetivos e iniciativas do plano plurianual (2016-2019). Também é incompatível com as necessidades de despesas, como aluguel, vigilância, energia elétrica, limpeza e telefone.

Nos siga no Google Notícias