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Interior

Funcionários de obra de fábrica denunciam demissão em massa e falta de pagamento

Priscilla Peres | 17/10/2014 10:34
Sindicato foi até um alojamento conversar com os trabalhadores demitidos que denunciaram estarem há mais de 30 dias sem receber a rescisão. (Foto: Léo Lima/Perfil News)
Sindicato foi até um alojamento conversar com os trabalhadores demitidos que denunciaram estarem há mais de 30 dias sem receber a rescisão. (Foto: Léo Lima/Perfil News)

O Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil) de Três Lagoas - distante 338 km de Campo Grande, está investigando sobre a demissão de 2,5 mil funcionários do Consórcio UFN3, responsável pela construção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras.

Trabalhadores procuraram o sindicato ontem para dizer que além de ser demitidos alguns estão sem receber a rescisão contratual. O assessor jurídico do Sintricom, Valdisnei Delgado, afirma que até o momento não há provas concretas sobre a demissões, mas que a situação dos funcionários está sendo acompanhada.

Ao site Perfil News, funcionários disseram que cerca de 100 demitidos estão abrigados em um alojamento na área urbana do municípios aguardando o pagamento da rescisão e souberam ontem que houveram novas demissões. “Só aqui nós somos uns cem [trabalhadores demitidos] e estamos à espera do acerto”, contou um alojado, que não quis ser identificado por receio de represálias.

“Existe muita gente alojada em hotéis sem receber pagamento. A rescisão está demorando até um mês para ser paga e depois mais 20 a 25 dias para pagamento da multa”, afirma o advogado Valdisnei Delgado, que irá levar o caso até o MPT (Ministério Público do Trabalho) para garantir que os direitos sejam cumpridos. A Petrobras, responsável pelo Consórcio UFN3, ainda não comentou o caso.

Série de crises - Previsto para inaugurar em setembro deste ano, a abertura da fábrica de fertilizantes foi adiada para o primeiro semestre de 2015, após vários problemas na execução da obra.

Neste ano, empresários acusaram o Consórcio UFN3 de não efetuar o pagamento de seus fornecedores, formando uma dívida de R$ 8 milhões. Após uma série de reuniões, a Petrobras fez um cronograma de pagamento que previa a quitação da dívida até 31 de agosto.

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