Gaeco volta à Água Clara com ex-presidente da Câmara de novo na mira

Passado um ano e oito meses da Operação Negócio de Família, que prendeu o então presidente da Câmara de Água Clara, Vicente Amaro (PDT), Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) retornou à cidade com “mira” no mesmo alvo.

A Operação Carta Marcada investiga organização criminosa voltada para desvio de verba pública na Câmara Municipal, lavagem de dinheiro, fraude em licitações e crime de peculato (desvio de dinheiro cometido por servidor público).

Conforme divulgado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a ação do Gaeco, em conjunto com a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Água Clara, cumpriu sete mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (26). Um dos alvos é, novamente, Vicente Amaro.

Foi apurado pela força-tarefa que empresas combinavam valores apresentados como proposta na Câmara e Prefeitura, manipulando o processo licitatório. A investigação acredita que o desvio de dinheiro foi iniciado com produção de processos licitatórios na modalidade carta convite, em que as empresas já são predeterminadas.

Em abril de 2019, fraude e desvios por meio dos processos com carta convite foram investigados pelo Gaeco na cidade com a Operação Negócios de Família. Vicente Amaro e o ex-vereador Valdeir Pedro de Carvalho, conhecido como Biroca (MDB), foram presos durante o cumprimento de mandados. A força-tarefa apurou que os desvios poderiam chegar a R$ 900 na Câmara da cidade.