ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 27º

Interior

Grávida aos 12 anos, menina sofria abusos quando levava marmita ao pai

Criança é acompanhada pela assistência social do município já que os pais apresentam caso de negligência

Izabela Sanchez | 04/09/2018 11:42
Pai está preso no Presídio de Aquidauana (Luiz Guido Jr/ O Pantaneiro)
Pai está preso no Presídio de Aquidauana (Luiz Guido Jr/ O Pantaneiro)

Grávida aos 12 anos, uma menina de Anastácio foi abusada pelo pai, preso na sexta-feira (31) e levado para o presídio de Aquidauana. Delegado responsável pelo caso, Jackson Frederico Vale explica que os abusos ocorriam quando a criança levava o almoço para o pai, que trabalhava em uma fazenda da região.

À época em que os abusos ocorriam, há cerca de cinco meses, a mãe da menina ainda estava casada com o pai. O caso só foi percebido pela irmã mais velha, contou o delegado, que notou as mudanças no corpo da criança e questionou a menina. Depois de relatar o que ocorreu à família, a irmã procurou a polícia.

O inquérito, já concluído, durou 40 dias, segundo o delegado. “Ele confessou que abusava dela há algum tempo, tentou justificar como se ele tivesse um caso com ela, ele é o pai, mas falou que era o padrasto, que só registrou, mas informação da mãe é que ela é filha”, contou.

Quando o pai, de 36 anos, foi ouvido pela primeira vez, negou. A assistência social do município, no entanto, afirmou que ele ainda tinha acesso à vítima, mesmo com a medida cautelar decretada. Por essa razão o delegado afirma que pediu a prisão preventiva.

“Quando o oficial levou a intimação de que não poderia se aproximar ele teria rasgado a determinação judicial”, contou Jackson. Os pais da menina estão, hoje, separados, mas vivam juntos na época em que os abusos ocorriam.

Drama – Hoje, desconfortável com o próprio corpo, a criança sofre as consequências dos abusos e está grávida de cinco meses. De acordo com a coordenadora do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) de Anastácio, a assistente social Débora do Carmo, a menina fez ultrassom na última quinta-feira.

A intenção é que, após o parto, ela não tenha mais contato com o bebê, que será encaminhado para a adoção. “O relatório vai pedir ao juiz para não ter contato com a criança”. Agora, a menina mora com uma familiar e recebe acompanhamento psicológico.

Nos siga no Google Notícias