ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 26º

Interior

Greve dos trabalhadores dos Correios suspende entrega de correspondência

Categoria decidiu pela paralisação por tempo indeterminado em assembleia na noite desta segunda-feira

Anahi Zurutuza | 30/10/2018 10:45
Trabalhadores de braços cruzados em protesto em frente à unidade de distribuição das correspondências (Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense)
Trabalhadores de braços cruzados em protesto em frente à unidade de distribuição das correspondências (Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense)

Trabalhadores dos Correios de Corumbá paralisaram as atividades nesta terça-feira (30), suspendendo a entrega de correspondências na cidade. A categoria protesta contra as condições de trabalho e decidiu pela greve por tempo indeterminado em assembleia na noite desta segunda-feira (29).

Segundo a assessoria de imprensa do Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul), as reclamações foram feitas à superintendência da estadual por meio de ofícios, enviados nos dias 2, 19 e 22 deste mês, mas que a empresa não tomou providências e nem sinalizou que fará melhorias.

Ainda conforme o sindicato, faltam veículos para as entregas e os problemas começaram quando foi implantado na cidade o chamado DDA (Distribuição Domiciliar Alternado), que gerou acúmulo de correspondências e por consequências atrasos.

Os funcionários explica que com o novo sistema, houve aumento significativo no número de correspondências registradas para entrega em cada ponto de distribuição, passando de 50 para 120, até 150 correspondências por dia.

A presidente do Sintect, Elaine Regina Oliveira afirmou que “é inconcebível que os trabalhadores sejam obrigados a atuarem com revezamento, paralisando a entrega por falta de condições mínimas e obrigatórias que a empresa deve conceder para uma unidade que entrega correspondência e objetos numa cidade com quase 110 mil habitantes”.

Elaine revela que nesta segunda-feira (29), havia de 30 a 40 mil cartas parados na unidade de distribuição porque os carteiros não estavam dando conta de fazer todas as entregas. Na cidade, o efetivo é de pouco mais de 20 funcionários na área operacional e hoje, só 2 deles estão nos postos de trabalho.

A sindicalista disse também que os trabalhadores tem ciência de que a paralisação prejudica a população corumbaense, mas defende que “esta foi a última forma de chamar a atenção para uma situação que não tem mais como ser ignorada pela administração regional dos Correios”.

A reportagem pediu posicionamento da empresa, mas até o fechamento da matéria os Correios não haviam retornado.

Nos siga no Google Notícias