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Interior

Homem afirma que matou corretor de gado por se sentir ameaçado

Adriano Miranda Ribeiro, de 34 anos, caiu em contradição sobre número de tiros que disparou e disse que namorado de sua ex fez menção que ia sacar uma arma; foto desmente versão

Helio de Freitas, de Dourados | 29/09/2015 12:11
Perito faz levantamento em local onde corretor de gado foi morto, na noite de sábado; ao fundo a caminhonete da vítima, com a janela fechada (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
Perito faz levantamento em local onde corretor de gado foi morto, na noite de sábado; ao fundo a caminhonete da vítima, com a janela fechada (Foto: Sidney Bronka/94 FM)

Adriano Miranda Ribeiro, 34 anos, apresentou-se nesta terça-feira na 2ª Delegacia de Polícia e confessou ter assassinado a tiros o corretor de gado Alcir Schaustz Peres, 37. O crime ocorreu por volta de 22h30 de sábado (26) no Jardim dos Estados, região norte de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Acompanhado de advogado, Adriano foi ouvido pelo delegado José Carlos Almussa Junior e contou sua versão na história. Entretanto, caiu em contradição sobre dois pontos fundamentais.

Mensagem da ex – Ele disse que na noite de sábado teria recebido uma mensagem no celular enviada pela ex-namorada, Vanessa Arruda Pereira, 23, que atualmente namorava com Alcir, pedindo que ligasse para ela. Entretanto, Adriano diz que em vez de ligar decidiu ir pessoalmente à casa da ex-namorada. Só que ele foi armado com um revólver Magnum 357, de calibre de alto impacto e de uso restrito das Forças Armadas.

Chegando ao local, Adriano disse que viu a ex-namorada dentro da caminhonete de Alcir, uma S10 preta. Ao se aproximar, ele disse que o corretor de gado teria aberto parcialmente o vidro do lado do motorista e feito menção de que sacaria uma arma. Nesse momento ele diz que atirou quatro vezes e fugiu em seguida.

Adriano Ribeiro negou que tenha tentado matar a ex-namorada. Na noite do crime, Vanessa contou que após atirar em Alcir, Adriano apontou a arma na direção dela e puxou o gatilho, mas o revólver não tinha mais munição. Ela também não tinha citado a suposta mensagem.

Contradições – As duas principais contradições no depoimento do assassino confesso foram quanto ao número de tiros disparados e sobre a janela da caminhonete. A perícia constatou que Alcir foi atingido com seis e não com quatro tiros. O vidro da porta do motorista da caminhonete estava totalmente fechado, o que desmente a versão de que o corretor teria aberto parcialmente a janela para fazer menção que sacaria uma arma.

Apesar das contradições, Adriano Ribeiro foi liberado após ser indiciado por homicídio qualificado. Morador no bairro Chácara Califórnia, na região do Jóquei Clube, ele deve responder o processo em liberdade, já que se apresentou espontaneamente, tem residência fixa e não possui antecedentes criminais. Ele entregou a arma usada no crime.

Vidro do lado do motorista com buraco de bala mostra que janela estava fechada quando corretor foi atingido (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
Vidro do lado do motorista com buraco de bala mostra que janela estava fechada quando corretor foi atingido (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
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