Homem é condenado a 18 anos de prisão por matar irmão a facadas
Crime ocorreu em 2023 em Laguna Carapã; ele também foi condenado por tentar matar ex-cunhada
Livrado Alvares Florentin, 43 de idade, foi condenado a 18 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pelo assassinato do próprio irmão, Claudiano Alvares Florentin, e pela tentativa de homicídio contra a ex-cunhada. O julgamento aconteceu na terça-feira (8) no Tribunal do Júri de Dourados.
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O crime ocorreu na madrugada de 22 de outubro de 2023, no centro de Laguna Carapã, a 287 km de Campo Grande, após uma bebedeira em praça pública.
O júri, presidido pelo juiz Ricardo da Mata Reis, considerou que Livrado foi responsável pelo homicídio e pela tentativa de feminicídio. Pela morte do irmão, ele foi condenado a 12 anos de prisão, e pela tentativa contra a ex-cunhada, a sentença foi de seis anos, somando 18 anos no total. As penas serão cumpridas em regime fechado, sem possibilidade de substituição por penas alternativas ou suspensão condicional, devido à violência empregada no crime.
O crime foi motivado por uma discussão entre Livrado e uma mulher na praça da cidade. Testemunhas afirmaram que, enquanto estavam todos ingerindo bebidas alcoólicas, Livrado teria começado a xingar uma mulher, o que levou a um confronto verbal. Em seguida, ela supostamente o chamou de "pedófilo", o que, segundo o relato do acusado, gerou um ataque físico.
Claudiano tentou defender a mulher, mas Livrado o perseguiu e desferiu vários golpes de faca. Em meio ao tumulto, a ex-cunhada, que também estava no local, tentou intervir, mas foi ferida superficialmente pela mesma faca.
Após cometer o crime, Livrado foi encontrado pela Polícia Militar ainda no local, com a faca em mãos e com a roupa ensanguentada. Ele foi preso em flagrante e, durante depoimento, alegou ter tentado apenas intervir na briga do casal, mas as evidências indicaram que a situação saiu de controle. Claudiano foi socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois. Já a mulher foi atendida, mas não sofreu ferimentos graves.
O Ministério Público, autor da denúncia, pleiteou que Livrado fosse condenado a indenizar a ex-companheira do irmão e os herdeiros de Claudiano. Contudo, o pedido de reparação financeira foi negado pelo juiz, que considerou que não havia elementos suficientes para a concessão de indenização nesse momento. Livrado permanece preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), onde aguardará o cumprimento da sentença.
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