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Interior

Hospital fica sem médico por 2 horas e idosa morre esperando atendimento

Florisbela ficou esperando atendimento por duas horas enquanto impasse de falta de médico não era resolvido

Bruna Kaspary | 02/01/2019 09:51
Nessa terça-feira (01)Florisbela ficou duas horas esperando o médico (Foto: Arquivo Pessoal)
Nessa terça-feira (01)Florisbela ficou duas horas esperando o médico (Foto: Arquivo Pessoal)

A falta de médico no Hospital Regional de Coxim – cidade a 260 de Campo Grande – pode ter sido a principal causa da morte de Florisbela Pedrito Freitas, de 87 anos, na noite dessa terça-feira (1º). Segundo a família, a idosa ficou duas horas esperando atendimento no Pronto Socorro da unidade. Médicos ainda não receberam o pagamento de dezembro.

Conforme o relado da neta de Florisbela, Joyce Caroline Matias Silva, de 23 anos, a idosa era diabética e hipertensa, e chegou ao hospital reclamando de muita fraqueza. “Eu a levei para lá era umas 19h45, e ela ficou até umas 21h esperando médico”, explica a balconista.

Ela fala que só se conseguiu um médico para atender a avó depois que o irmão ameaçou que iria registrar um boletim de ocorrência em relação ao descaso. “Ele e eu já estávamos na delegacia quando minha mãe disse que o médico tinha chegado”.

Segundo o responsável pelo setor financeiro do hospital, Márcio Siqueira, o plantonista tinha ido embora quando terminou o turno dele, acreditando que o próximo médico já estava a caminho e retornou depois de duas horas ao perceber que ele não chegaria.

Ele descarta que a ausência de médico esteja relacionada a falta do pagamento de dezembro, já que a unidade não recebeu o repasse do mês de novembro, que seria pago até início do mês passado. “Ele esqueceu que estava na escala, mas o médico do plantão anterior voltou para resolver”, explica Márcio.

Segundo a neta de Floribela, nos quarenta minutos que a avó estava sendo atendida foi de muito movimento dentro do consultório. “Era um entra e sai danado lá, e só depois o médico veio me dizer que ele teve uma parada cardíaca”, lamenta Joyce.

Atraso nos salários – O repasse do governo estadual relativo a novembro deveria ter sido pago até o início do mês passado. Esse valor seria encaminhado para os quinze médicos do Pronto Socorro.

Esses funcionários são prestadores de serviço e, segundo Márcio, os demais médicos estão com os salários em dia, por serem contratados do hospital.

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