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Interior

Internos planejavam roubos de caminhões dentro de presídio de segurança máxima

Helio de Freitas, de Dourados | 07/10/2014 14:30
Os presos Zaza Gordo e Zé Banguelo planejaram quatro roubos de dentro da Phac (Foto: Divulgação/Defron)
Os presos Zaza Gordo e Zé Banguelo planejaram quatro roubos de dentro da Phac (Foto: Divulgação/Defron)

Dois condenados que cumprem pena na Phac (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorin Costa), em Dourados (a 233 km de Campo Grande), planejaram e ordenaram quatro roubos de caminhões usando a tática do falso frete. A Defron (Delegacia Especializada de Repreensão aos Crimes de Fronteira) descobriu que os dois tramaram os assaltos e, de dentro do presídio, fizeram contato com as vítimas e com os cúmplices, que executaram os crimes.

Ricardo Benites dos Santos, 46 anos, o “Zaza Gordo”, e Paulo Alberto Marques, o “Zé Banguelo”, foram levados ontem à tarde do presídio para a sede da Defron em Dourados, onde foram indiciados por roubo dos caminhões. No mesmo dia eles voltaram para a penitenciária.

De acordo com nota oficial divulgada nesta terça-feira, as investigações começaram em julho deste ano depois que motoristas de caminhões de frete começaram a ser atraídos a Dourados para serviços que não existiam, eram dominados por assaltantes e roubados.

Os falsos contratantes chamavam os motoristas para transportar mudanças, veículos e maquinários agrícolas. Dominados sob a mira de armas, os motoristas eram deixados amarrados no mato até que os caminhões roubados chegassem ao Paraguai.

Segundo a Defron, foram quatro roubos semelhantes, todos planejados pelos dois internos da Phac e solucionados pela polícia. Os veículos foram recuperados e entregues às vítimas. Sete cúmplices dos dois presidiários foram presas em flagrante por envolvimento nos crimes e outros suspeitos continuam sendo procurados. Os nomes dos envolvidos já presos não foram divulgados.

O último caso ocorreu no dia 30 de setembro, quando o motorista de um caminhão de mudanças de Paranaíba foi atraído a Dourados para supostamente levar uma mudança até Aparecida do Taboado. Ele foi dominado por três assaltantes próximo à BR-463, no perímetro urbano de Dourados. Levou coronhadas na cabeça, mas conseguiu escapar.

Conforme a Defron, os assaltantes chegaram ao Paraguai com o caminhão depois de conseguirem fugir da Polícia Militar em Ponta Porã, mas o veículo acabou sendo recuperado por policiais paraguaios em Pedro Juan Caballero.

As investigações revelaram que Ricardo dos Santos negociava os caminhões roubados com receptadores do Paraguai e fazia as ligações para atrair as vítimas até Dourados. Paulo “arrebanhava” os assaltantes para o crime e também ligava para vítimas, forjando o frete.

Os presidiários confessaram participação nos crimes e foram indiciados por “roubo majorado pelo concurso de pessoas, pelo emprego de arma de fogo, restrição de liberdade à vítima e associação criminosa”.

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