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Interior

Juíza abre processo para leiloar bois apreendidos em fazenda de piloto

Os 564 animais foram confiscados durante operação que prendeu dono da fazenda, em Goiás

Helio de Freitas, de Dourados | 13/08/2020 14:51
Imagem da Fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Rubiataba, Goiás (Foto: Reprodução)
Imagem da Fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Rubiataba, Goiás (Foto: Reprodução)

A juíza Carolline Scofield Amaral, da 1ª Vara Federal em Ponta Porã, abriu processo para leiloar as 564 cabeças de bois apreendidas na Fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Rubiataba, no Estado de Goiás. A propriedade foi um dos imóveis sequestrados por ordem da Justiça da Operação Cavok, da Polícia Federal, no dia 5 deste mês.

De acordo com a investigação da Polícia Federal, a fazenda pertence ao piloto do narcotráfico Ilmar de Souza Chaves, o “Pixoxó”, 65 anos de idade, um dos presos na operação que também apreendeu, na fronteira com o Paraguai, 23 aviões usados para transporte de cocaína. Oficialmente, no entanto, a propriedade está em nome das filhas de Ilmar.

A alienação antecipada da fazenda, a pedido do Ministério Público, foi determinada pela juíza no âmbito da operação que investiga crimes de organização criminosa, tráfico transnacional de drogas e associação para o tráfico transnacional de drogas.

Durante mandado de busca e apreensão na fazenda, no dia 5, foram encontradas 432 vacas, 120 bezerras e 12 touros. O gado foi deixado sob os cuidados de um trabalhador rural da fazenda, nomeado como depositário fiel.

A juíza determinou “com máxima urgência” a avaliação do valor econômico dos bois por oficial de Justiça de Goiás. Também cobrou, em cinco dias, o envio de todas as informações sobre o rebanho, como idade, quantidade, raça e local de invernada.

À Secretaria Nacional Antidrogas do Ministério da Justiça, a juíza determinou indicação de profissional para a gestão da fazenda e, por parte da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de leiloeiro de gado bovino e abertura do processo para leiloar os animais.

Veterano a serviço do tráfico, Ilmar Souza Chaves tem passado ligado ao narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e ao ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul Sérgio Roberto de Carvalho, o “Major Carvalho”, condenado a 35 anos de prisão.

O piloto vivia como empresário e fazendeiro em Goiás, mas continuava atuando ativamente no negócio das drogas trazidas de países vizinhos e introduzidas no Brasil através da fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.

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