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Interior

Justiça adia pela 2ª vez júri de falso médico acusado de matar paciente

Júri popular, que estava marcado para o dia 4 de novembro de 2020, foi suspenso pela 1ª vez dias antes

Anahi Zurutuza | 16/05/2022 11:02
Marx Honorato é acusado de se passar por médico e matar paciente. (Foto: Arquivo)
Marx Honorato é acusado de se passar por médico e matar paciente. (Foto: Arquivo)

A Justiça adiou pela segunda vez o julgamento de Marx Honorato Ortiz, 42 anos, acusado de se passar por médico e ser o responsável pela morte de idoso, em 2014, em Paranhos, ao dar diagnóstico errado. O júri popular, que estava marcado para o dia 4 de novembro de 2020, foi suspenso pela primeira vez dias antes pelo juiz Vinícius Aguiar Milani, que determinava o reagendamento somente para quando os trabalhos voltassem ao formato presencial.

A sessão foi então agendada para o dia 31 de maio deste ano, mas agora, por determinação da juíza Laísa de Oliveira Ferneda Marcolini será remarcada "tendo em vista que não há tempo hábil para cumprimento das diligências imprescindíveis para que o julgamento ocorra".

Marx Honorato Ortiz chegou a ser preso, no dia 28 de julho de 2020, quando foi capturado em uma casa no Bairro Santa Emília, em Campo Grande, após denúncia de que ele havia ameaçado testemunhas e o juiz do caso, Vinícius Milani. Mas, no dia 2 de novembro daquele ano, o próprio magistrado determinou a soltura do acusado por entender que havia "dúvida concreta" de quem seria o responsável pelas ameaças.

Homicídio - Consta na denúncia que no dia 14 de dezembro de 2014, no Hospital Municipal de Paranhos, o idoso foi levado para atendimento. A vítima reclamou de dores de cabeça e que estava vomitando sangue. Segundo o depoimento da filha, o falso médico realizou um eletrocardiograma, medicou e liberou o paciente.

No mesmo dia, o idoso retornou ao hospital, sendo medicado e liberado novamente. No início da noite, a filha retornou com seu pai exigindo que ele fosse internado e transferido para Dourados ou Campo Grande. Neste momento, ainda conforme a acusação, o médico afirmou de forma grosseira que sabia o que estava fazendo e questionou se ela havia feito medicina. A vítima foi então deixada em observação tomando soro no hospital do próprio município e, após algumas horas, morreu.

Quando o caso chegou a polícia, não foi Marx Ortiz o intimado para responder ao inquérito, mas o médico por quem ele se passava. Em depoimento, o profissional afirmou que nunca havia atendido em Paranhos, mas a situação só foi esclarecida quando a filha do paciente confirmou que ele não era o médico de seu pai. Ao apresentarem Marx, a mulher o reconheceu na hora.

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