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Interior

Marcado para novembro júri popular de falso médico responsável por morte

Paciente era idoso e foi atendido por homem que apresentou nome de outro profissional; caso aconteceu em Paranhos

Liniker Ribeiro | 15/09/2020 16:25
Marx Honorato será submetido ao tribunal do júri, no dia 4 de novembro (Foto/Arquivo)
Marx Honorato será submetido ao tribunal do júri, no dia 4 de novembro (Foto/Arquivo)

Foi marcado para o dia 4 de novembro, às 8h, o júri popular de Marx Honorato Ortiz, falso médico apontado como responsável pela morte de idoso, no ano de 2014, no município de Paranhos, a 469 quilômetros da Capital. A vítima estava internada no hospital municipal da cidade e teria sido atendido pelo acusado, que teria usado nome de outro profissional durante atendimento.

O júri acontece seis anos após o crime e será realizado pelo Poder Judiciário de Sete Quedas, a 471 km de Campo Grande. Marx foi preso em julho de 2020, na Capital, após ser encontrado por policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) escondido em residência no Bairro Santa Emília.

Conforme denúncia, no dia 14 de dezembro de 2014, a vítima deu entrada na unidade de saúde no começo da tarde, sendo o preso o médico de plantão, que na época usava nome falso, que pertencia a outro médico do Estado.

Na ocasião, a vítima reclamou de dores de cabeça e disse que estava vomitando sangue. Segundo o depoimento da filha do idoso, o falso médico realizou um eletrocardiograma, medicou e liberou o paciente. Horas depois, o idoso retornou ao hospital e mais uma vez foi medicado e liberado.

No início da noite, a filha retornou ao hospital com o pai e exigiu que ele fosse internado e transferido para Dourados ou Campo Grande. Neste momento, o médico afirmou que sabia o que estava fazendo e chegou a questionar se ela havia feito medicina. A vítima foi deixada em observação e após algumas horas, morreu.

Quando o caso chegou a polícia, não foi Marx quem recebeu a denúncia e sim o médico que ele usava o nome para atender. Em depoimento, afirmou que nunca havia atendido em Paranhos, mas a situação só foi esclarecida quando a filha do paciente confirmou que ele não era o médico que atendeu seu pai. Ao apresentarem Marx, a mulher o reconheceu na hora.

Conforme o desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, há nos autos a versão de que o acusado assumiu o risco de matar a vítima no momento em que optou por atendê-la na condição de médico sem possuir habilitação necessária, por isso, determinou que Marx fosse levado a júri popular por homicídio.

Como será – Com o retorno dos júris em período de pandemia, alguns cuidados deverão ser adotados durante a realização, assim como acontecerá na Capital, a partir desta quarta-feira (16).

Entre as medidas de prevenção ao novo coronavírus, o júri que será realizado de forma presencial deverá seguir distanciamento de 2 metros entre jurados, como demais prevenções previstas no plano de biossegurança.

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