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Interior

Justiça determina exame de insanidade para rapaz que matou criança de 11 anos

O juiz Claudio Müller acatou o pedido da defesa. Até o resultado do laudo ser analisado, o processo ficará suspenso

Geisy Garnes | 27/10/2019 12:45
Ivan está presos desde o dia do crime (Foto: Divulgação)
Ivan está presos desde o dia do crime (Foto: Divulgação)

A justiça aceitou o pedido da defesa de Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, de 23 anos, e determinou que ele passe por exame de incidente de insanidade mental. A intenção é esclarecer se o réu estava em plena capacidade metal quando matou Luis Otávio Santana de Lima de 11 anos. O crime aconteceu no dia 8 de junho em Sidrolândia – a 71 quilômetros de Campo Grande.

Luís foi morto com tiro no abdômen na Fazenda Furnas, área rural de Sidrolândia. Ivan havia levado a criança e o irmão dela, de 13 anos, para pescar jacaré. Na volta para casa cometeu o crime. O menino foi socorrido ainda com vida e contou que foi obrigado a ajoelhar e rezar antes de ser ferido.

No início do mês o advogado David Moura de Olindo, responsável pela defesa de Ivan, afirmou que o homicídio foi uma fatalidade, consequência do desequilíbrio mental do cliente. “O fato ocorrido foi uma fatalidade, motivada por "idiotice" de quem não tem completa capacidade mental, posto que, de fato, ocorreu a “brincadeira” de mandar ajoelhar”.

Apresentando laudos para provar que o réu sofre de TNCI (Transtorno Neuropsiquiátrico Crônico Incurável), produzidos quando Ivan era aluno da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), o advogado pediu o exame pericial psicológico.

No dia 22 deste mês, o juiz Claudio Müller Pareja acatou o pedido. Na decisão alegou que os laudos são suficientes para embasar a realização do exame e ainda suspendeu a ação penal até que o resultado seja entregue a justiça. O magistrado nomeou ainda o médico perito Rodrigo Abdo para produzir o laudo.

Além do laudo sobre incidente de insanidade mental, a justiça espera a realização de uma reconstituição do crime, que deve contar com a participação de todos os envolvidos no caso – ou seja, Ivan e o irmão da vítima, principal testemunha do crime.

Ao contrário da defesa, o Ministério Público afirmou a justiça que Ivan matou a criança para se vingar de Maria Aparecida Santana Flores, mãe da vítima, por achar que ela foi responsável por sua prisão em 2018, quando foi acusado de violência doméstica contra sua esposa - sobrinha de Maria.

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