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Interior

Justiça manda soltar homem que confessou assassinato de guarda

André Luis é réu primário, porém não apresentou comprovantes de residência, nem emprego fixo

Luana Rodrigues | 22/09/2017 15:41
André Luis Lima Sigarini confessou o assassinato (Divulgação/Diário Online)
André Luis Lima Sigarini confessou o assassinato (Divulgação/Diário Online)

O juiz plantonista Maurício Cleber Miglioranzi Santos concedeu liberdade a André Luis Lima Sigarini, 37 anos, que confessou ter assassinado a tiros o guarda municipal Carlos Henrique Freitas Silva, 38, na manhã desta quinta-feira (21), em Corumbá – distante 419 km de Campo Grande.

Conforme a decisão, André Luis é réu primário, porém não apresentou comprovantes de residência, nem emprego fixo. Mesmo assim, o juiz considerou que não há requisitos para a manutenção da prisão e concedeu liberdade provisória ao suspeito, sem pagamento de fiança.

Ainda conforme os autos, o suspeito terá que comparecer em juízo a cada dois meses, a fim de informar e justificar suas atividades, além de estar presente em todas as vezes que for intimado. Ele também está proibido de manter contato com a família da vítima, tendo que permanecer a 100 metros de distância.

Versão do suspeito - Segundo depoimento prestado no ato da prisão em flagrante, André disse que matou o guarda-municipal porque os dois tiveram uma discussão no banheiro do bar. No documento, o suspeito afirma que, depois de ingerir bebida alcoólica por mais de 30 horas, foi até o bar onde ocorreu o crime comprar mais cerveja, no entanto, decidiu usar o banheiro. 

Ele conta que quando chegou ao sanitário encontrou o guarda consumindo drogas com apoio de um cartão, conforme relato, um pó branco.  O suspeito diz que esbarrou no guarda-municipal e fez com que ele derrubasse o suposto entorpecente, o que desencadeou uma discussão.

André diz ainda que, então, Carlos Henrique "puxou uma faca com cerca de 10 centímetros" e apontou para ele, tentando golpeá-lo. O homem disse que, para se defender, sacou a arma e atirou.

Outra lado - A família de Carlos, no entanto, tem outra versão. Irmã do guarda municipal, Silvana Freitas da Silva declarou que o crime pode ter como motivo um desentendimento entre Carlos e o suspeito preso. O conflito entre os dois teria ocorrido há dois anos, após o guarda multar André por uma infração de trânsito.

Ela declarou ao jornal “não saber ao certo o que aconteceu". "Mas o que chegou pra gente é que ele tinha se desentendido com essa pessoa há uns dois anos, depois de uma multa de trânsito. Então, essa pessoa tinha ameaçado ele”, relatou ela.

O caso - Carlos Henrique já trabalhou no setor de trânsito e estava na Guarda Municipal havia desde 2004. Ele foi morto a tiros por volta de 5h desta quinta-feira em um bar, localizado na esquina das ruas Sete de Setembro e Duque de Caxias, no bairro Popular Velha, parte alta de Corumbá.

Segundo a PM, ele admitiu que atirou contra o guarda e disse que havia jogado o revólver em uma avenida. Conforme informações do site Diário Corumbaense, os policiais foram até o local indicado pelo homem, mas não encontrou nada. Depois, ele acabou relatando que a arma estava em sua residência.

Na casa, os militares encontraram o revólver calibre 38, em cima de um guarda-roupa. Três munições estavam intactas. André está preso na delegacia de Polícia Civil, que vai apurar agora o que motivou o assassinato. O carro dele, um Fiat Uno branco, também foi apreendido. André foi autuado em flagrante por homicídio simples e posse de arma de fogo de uso permitido.

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