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Interior

Leishmaniose em cidade paranaense coloca Mundo Novo em estado de alerta

Município de Mato Grosso do Sul aguarda notificação, mas já articula a instalação de uma barreira sanitária

Por Viviane Oliveira | 24/09/2025 10:48
Leishmaniose em cidade paranaense coloca Mundo Novo em estado de alerta
Cidade de Mundo Novo, com cerca de 15 mil habitantes vista do alto (Foto: divulgação / Câmara Municipal)

Surto de leishmaniose tegumentar registrado em Guaíra, no Paraná, colocou a cidade vizinha de Mundo Novo, a apenas 24 quilômetros de distância, em estado de alerta. A doença é provocada por um protozoário transmitido pela picada do mosquito-palha (flebótomo), conhecido popularmente como “birigui” ou “mosquito tatuquira”.

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A cidade de Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, está em alerta após surto de leishmaniose tegumentar em Guaíra, município paranaense localizado a 24 quilômetros de distância. A Secretaria Municipal de Saúde local prepara uma possível barreira de contenção, embora ainda não tenha recebido comunicado oficial sobre a situação. A leishmaniose tegumentar, transmitida pela picada do mosquito-palha, afeta pele e mucosas, causando feridas de difícil cicatrização. Entre 2020 e 2024, Mato Grosso do Sul registrou 2.243 casos suspeitos de leishmaniose visceral, com 705 confirmações e 59 óbitos. Especialistas recomendam manter ambientes limpos e usar repelente para prevenção.

A prefeita de Mundo Novo, Rosária Lucca Andrade (PSDB), informou que ainda não recebeu comunicado oficial sobre a situação, mas destacou que a Secretaria Municipal de Saúde já se mobiliza para uma possível barreira de contenção.

“O pessoal da saúde está se preparando aqui para fazer uma barreira de proteção, mas nós ainda não fomos comunicados oficialmente. Enquanto isso, não é possível programar nenhuma ação efetiva. Nosso secretário vai entrar em contato com o secretário de Guaíra para saber como está a situação”, afirmou.

No último dia 17, a Prefeitura de Guaíra publicou um comunicado em seu site oficial alertando a população sobre o surto de leishmaniose identificado no município.

Sobre a doença - A leishmaniose tegumentar afeta principalmente a pele e, em alguns casos, as mucosas do nariz, boca e garganta. Os sintomas incluem feridas de difícil cicatrização, geralmente indolores, com bordas elevadas e avermelhadas. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e sequelas.

Transmissão e prevenção - O mosquito transmissor se reproduz em ambientes úmidos, sombreados e com presença de matéria orgânica, como folhas, restos de animais e fezes. Para reduzir o risco de infecção, especialistas recomendam evitar o acúmulo de lixo e folhas nos quintais, manter terrenos limpos e capinados, instalar telas em portas e janelas e usar repelente, principalmente no entardecer e à noite, períodos de maior atividade do inseto.

Atenção aos sintomas - Moradores que apresentarem feridas na pele que não cicatrizam devem procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde. O tratamento é gratuito e oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Cães e outros animais domésticos também podem contrair a doença e precisam de acompanhamento veterinário. A limpeza de quintais e terrenos baldios continua sendo uma das formas mais eficazes de evitar a proliferação do mosquito.

Tipos e registros da doença - De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral (ou calazar), que compromete órgãos internos.

Conforme a SES (Secretaria de Estado de Saúde), entre 2020 e 2024, Mato Grosso do Sul registrou 2.243 casos suspeitos, sendo 705 confirmados de leishmaniose visceral, com maior concentração em Campo Grande (320), Três Lagoas (78) e Corumbá (49). No mesmo período, 59 pacientes morreram em decorrência da doença.

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