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Interior

Marido e irmã de brasileira encontrada morta já estão em Corumbá

Renata Volpe Haddad | 15/01/2016 08:22
Marido de Priscila contou que família ainda não acredita no que aconteceu e que filhos sabem que a mãe morreu. (Foto: Ricardo Albertoni/ Diário Corumbaense)
Marido de Priscila contou que família ainda não acredita no que aconteceu e que filhos sabem que a mãe morreu. (Foto: Ricardo Albertoni/ Diário Corumbaense)

Thiago Henrique Batista Ferreira, 29, marido de Priscila Aparecida Franco da Silva, 26, encontrada morta em Porto Quijarro, chegou a Corumbá, distante 419 km de Campo Grande, na tarde de ontem (14), junto com a irmã da vítima, Ana Cláudia Aparecida Franco.

Segundo informações do site Diário Corumbaense, os dois foram recepcionados pelo vice-cônsul do Brasil que atua em Puerto Suárez, Adeneles Alberto de Moura, e depois foram encaminhados à Polícia Federal para emissão de documento de imigração para entrar na Bolívia.

O marido afirmou que os familiares de Priscila não conseguem acreditar no que aconteceu e que os filhos viram as fotos da mãe, ficaram desesperados e que agora estão com a avó paterna. "Tive que explicar, mas não falei como aconteceu. Disse que ela sofreu um acidente de ônibus e que a mamãe estava no céu. No momento, eles até estão entendendo, mas quando bater a saudade, vai ser difícil, vai ser dolorido”, afirmou.

Thiago afirmou que pretende terminar de construir a casa e seguir a vida em frente “infelizmente sem ela”. Como eles não eram casados formalmente, a irmã da vítima precisou ir até Corumbá, pois somente alguém da família está autorizado a reconhecer oficialmente o corpo em Santa Cruz de la Sierra.

Ana Cláudia, irmã da vítima, alegou que Priscila era sua única irmã e tudo para ela. "Ela representava tudo para mim, uma irmã, uma mãe, uma amiga. Era só com ela que eu podia contar e ela comigo, agora só ficou eu e o meu cunhado, porque minha avó já é de idade, tem quase 90 anos. Minha filha mais nova ficou doente por causa do que aconteceu com ela. Ela era tudo para todo mundo, uma ótima pessoa”, desabafou.

Irmã de Priscila veio a Corumbá para reconhecer o corpo, já que Thiago e a vítima não eram legalmente casados. (Foto: Ricardo Albertoni/ Diário Corumbaense)
Irmã de Priscila veio a Corumbá para reconhecer o corpo, já que Thiago e a vítima não eram legalmente casados. (Foto: Ricardo Albertoni/ Diário Corumbaense)

O corpo de Priscila já foi liberado. O bebê que estava sendo gerado por ela foi retirado pelos legistas de Santa Cruz e também já foi liberado. O que falta é a identificação oficial do corpo por parte de algum familiar de Priscila, no caso, a irmã dela, Ana Cláudia.

Ainda conforme o site Diário Corumbaense, desde o dia que o corpo de Priscila foi encontrado, na manhã de 08 de janeiro, o Consulado do Brasil na Bolívia está contando com ajuda de diversos órgãos que estão colaborando de forma voluntária e humanitária com a questão legal do caso.

Como não se sabia quem era a vítima, mas havia uma desconfiança de que era brasileira, por causa das moedas nacionais que foram encontradas com a vítima, o corpo foi enviado a Santa Cruz de la Sierra, por causa das precárias condições do necrotério local.

Conforme o advogado José Carlos dos Santos, integrante do grupo humanitário formado em Corumbá para dar apoio à família às questões legais do caso, foi feita autopsia no corpo de Priscila e foi constatado um feto. "Nós temos a confirmação pelo Consulado do Brasil, em Santa Cruz, que foi feita autopsia no corpo de Priscila e foi constatada a existência de um feto, no caso um natimorto que é justamente quando não chegou a nascer. O feto foi encontrado e não chegou a respirar. Se tivesse respirado, então ele seria uma pessoa, um cidadão, que deveria ser lavrado inclusive um documento com certidão de nascimento para depois ser feito o atestado de óbito. Como ainda se tratava de um feto, com a morte da mãe, o feto morreu também”, explicou.

O advogado alegou que o Consulado do Brasil na Bolívia, disponibilizou um advogado boliviano que está fazendo o acompanhamento dos familiares na tramitação na Bolívia.

O corpo de Priscila não poderá ser cremado, porque o caso está sob investigação. Há a possibilidade do translado para o Brasil e do enterro na Bolívia. Um amigo da família de Priscila, em Campinas, está levantando recursos para o translado do corpo.

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