Médica que atropelou e matou motociclista em rodovia não tem CNH
Apesar de dirigir caminhonete mesmo sem ser habilitada e causar acidente com morte, a condutora foi liberada

A médica D.A.S.S., 33, que atropelou e matou a motociclista Ivone Ribeiro de Arruda, 54, na manhã de hoje (3) no município de Dourados, não tem CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Ela conduzia a caminhonete Nissan Frontier preta, que bateu na traseira da moto pilotada por Ivone.
O acidente ocorreu por volta de 7h30 na altura do km 16 da Rodovia Padre André, a MS-276, entre os distritos de Indápolis, no município de Dourados, e Lagoa Bonita, no município de Deodápolis. Moradora em Indápolis, Ivone seguia para o trabalho, no restaurante em frente ao local do acidente.
Quando diminuiu a velocidade da moto para entrar no restaurante, ela foi atropelada. D.A.S.S. prestou socorro à vítima tentando reanimá-la, mas Ivone não resistiu aos ferimentos e morreu no meio da estrada.
De acordo com a ocorrência registrada na 2ª Delegacia de Polícia Civil em Dourados, D.A.S.S. disse que trafegava pela rodovia quando a moto teria freado bruscamente na pista e ela não conseguiu evitar a colisão traseira. A caminhonete estava com a documentação em dia e foi entregue ao marido da médica.
D.A.S.S. compareceu à delegacia, foi interrogada e posteriormente liberada com base no artigo 301, da Lei 9.503, de 1997, que instituiu no país o Código de Trânsito Brasileiro.
Segundo o artigo 301, “ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela”. Mesmo em liberdade, ela vai responder ao inquérito por homicídio culposo (sem intenção), qualificado por falta de CNH.