Mobilização nacional ajuda atletas que perderam materiais em incêndio
Atletas e empresários do ramo já manifestaram apoio para repor materiais de boliche destruídos em incêndio ontem à noite; Confederação divulgou comunicado pedindo ajuda
Atletas e empresários do ramo de boliche do Brasil estão se mobilizando para ajudar jogadores douradenses prejudicados pelo incêndio que na noite de ontem (11) destruiu parcialmente o Procopiu’s Boliche, em Dourados, a 233 km de Campo Grande. A maior preocupação é repor materiais usados para a prática esportiva, perdidos no incêndio.
Pelo menos 20 atletas douradenses perderam materiais esportivos que estavam guardados nos fundos da casa comercial, parte mais atingida pelo incêndio.
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Foram perdidos sapatos específicos para o esporte, bolas, bolsas, luvas e outros materiais, todos importados e de alto custo. Para se ter uma ideia, uma bola para competição custa em torno de R$ 1 mil e cada jogador tem o mínimo três. No Brasil existem apenas quatro fornecedores de materiais de boliche – 100% do material vem dos Estados Unidos.
Logo cedo, no grupo de WahatsApp que reúne atletas de boliche do país inteiro, o jogador veterano Décio Abreu, dono do boliche de Belo Horizonte (MG), se dispôs a ajudar o douradense Rodrigo Marques, 19, que perdeu todo seu material de jogo.
Em seguida, outros atletas, principalmente de Minas, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília também se mobilizaram e ofereceram ajuda. John O'Donnell Jr., atleta, sócio proprietário de dois centros de boliche no Rio e representante de uma das maiores fornecedoras de materiais do mundo, informou que vai doar dez bolas e reunir outros atletas da cidade para ajudar.
Confederação divulga nota – Através da assessoria de imprensa, a CBBOL (Confederação Brasileira de Boliche) divulgou uma nota sobre o caso e pediu apoio aos douradenses.
“Na noite de ontem (segunda), um incêndio arrasou com o Procopiu's, em Dourados, sede dos torneios e local de treinamento do Clube de Boliche Dourados. O CBD faz o melhor trabalho de um clube de boliche fora das capitais do país e é uma referência no nosso esporte. Mantém disputas regulares, forma jogadores – como o jovem Rodrigo Marques, um dos melhores do Brasil na atualidade – e leva o nome da cidade e do estado ao pódio de diversas competições”, afirma a nota.
Segundo a CBBOL, “a comunidade bolicheira, como uma família, já está se mobilizando para ajudar os atletas douradenses, mas é fundamental que alcancemos possíveis parceiros para ajudar na manutenção de um trabalho tão digno em prol do esporte”, diz a nota assinada pelo jornalista Marcio Menezes, assessor de imprensa da confederação.
Presidente da federação lamenta – Ao Campo Grande News, o presidente da FBolMS (Federação de Boliche de Mato Grosso do Sul), Francisco Bonacina, lamentou o incêndio e pediu união para a reconstrução do esporte em Dourados.
“Lamento o acontecido dentro de nossa casa de boliche, mas temos que agradecer a Deus, pois não teve vidas envolvidas. Danos materiais são reparáveis. Todos os que gostam desse esporte foram prejudicados, perdemos o material, mas o proprietário e funcionários perdem muito mais. Com muita cautela temos de procurar ajudar na medida do possível. Estive com o Jairo hoje às 9h, está abalado. Por fim vamos nos unir ainda mais”, afirmou o dirigente.
Destruição – Fotos que circularam em grupos de WhatsApp mostram a destruição na parte dos fundos do boliche de Dourados. No período da manhã, o proprietário Jairo Martins e funcionários foram ao local para fazer um levantamento, mas o comerciante não falou com jornalistas. Também não foi possível confirmar se o comércio estava segurado.
A amigos, Jairo confidenciou que vai reformar o local e trocar as pistas danificadas pelo incêndio. O Procopiu’s funciona na Avenida Weimar Gonçalves Torres desde 2002.
Bombeiro – O setor de relações públicas do Corpo de Bombeiros informou que uma nota sobre o incêndio só deve ser divulgada nesta quarta-feira (13).
Quatro viaturas foram usadas para controlar o incêndio e o trabalho só terminou no início da madrugada. Foram pelo menos 25 mil litros de água utilizados para apagar as chamas e impedir que o fogo se alastrasse para estabelecimentos comerciais vizinhos.