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Interior

Moradores prendem veículos da prefeitura e ameaçam paralisar rodovias

Renata Volpe Haddad | 09/06/2015 19:00
Indígenas, moradores e estudantes de Paranhos reivindicam melhorias na cidade e cobram prefeito de Paranhos. (Foto: Divulgação/ Mauricio Silva)
Indígenas, moradores e estudantes de Paranhos reivindicam melhorias na cidade e cobram prefeito de Paranhos. (Foto: Divulgação/ Mauricio Silva)

Indígenas se reuniram na manhã de hoje na comunidade Sete Cerros, com moradores e estudantes para protestar contra a irresponsabilidade do prefeito Júlio Cesar de Souza (PDT) de Paranhos, distante 469 km de Campo Grande. Em forma de protesto os manifestantes retiveram um ônibus escolar e uma caminhonete, que fazia entrega de produtos alimentícios, e deram o prazo de sete dias para a prefeitura solucionar o problema.

O líder indígena, Pedro Valente, informou que tem procurado o prefeito Júlio e os secretários com muita frequência, porém as cobranças não surtem efeitos positivos e acabam em promessas, diminuindo a esperança da população indígena. Pedro afirma que estradas e pontes estão em péssimo estado, além de ausência de auxílio na agricultura, e falta de melhorias na educação.

Com informações do Internacional News, o líder comentou que a escola recém-construída na aldeia não tem água, nem energia, muito menos professores suficientes para atender a demanda, e os alunos estão sem alternativas para estudar. “Quanto à agricultura, cansei e deixei pra lá, mas se tratando de educação vou brigar junto com meu povo. Hoje não tivemos merenda por falta de óleo de cozinha. Sempre falta alguma coisa. Estamos em estado miserável”, reclamou.

Os manifestantes afirmaram que, apesar de a manifestação ser previamente programada, a retenção dos veículos foi um ato espontâneo, e impulsionado pela tentativa falha da prefeitura amenizar os manifestantes com poucas quantidades de alimentos.

Segundo os moradores, o prefeito Júlio César de Souza frequenta a aldeia, acompanhado da assessoria de imprensa, somente após escândalos denunciados pelos vereadores.

Pedro Valente ressaltou que só vão liberar os veículos depois que a prefeitura atender às reivindicações e que, se até esses sete dias o prefeito não acatar as exigências solicitadas, as autoridades indígenas tomarão as medidas jurídicas formais, e além de manifestações mais intensas que comprometerão o tráfego nas rodovias.

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