Morte de trabalhador em explosão foi 2º caso este ano no setor da cana
Primeira morte aconteceu em setembro, de trabalhador atropelado por trator e inquérito ainda não foi finalizado

Este ano, foi a segunda morte de trabalhador da produção de cana em Rio Brilhante, a 163 quilômetros de Campo Grande, segundo informações do sindicato dos trabalhadores. O primeiro caso foi em setembro e a investigação ainda não foi finalizada.
Djalma Florêncio da Silva morreu aos 56 anos, no dia 19 de setembro deste ano, em estrada de acesso à Fazenda Pão de Mel, onde o homem trabalhava. A propriedade prestava serviço para a Usina Passa Tempo, da Biosev Bioenergia e ele estava na colheita da cana de açúcar.
Preliminarmente, a informação é que “Bateria” teria caído do trator e foi atropelado pelo veículo.
O delegado Guilherme Sarian, titular da delegacia em Rio Brilhante, disse que o inquérito foi aberto como “morte a esclarecer” e, dois meses depois do acidente, não foi finalizado. Sarian disse que há diligências pendentes, mas não comentaria por se tratar de investigação criminal, portanto, sigilosa.
Na quarta-feira (17), foi registrado o segundo acidente com morte, desta vez, nas dependências da usina, com a explosão de um dos reservatórios da indústria, localizado na zona rural do município.
O corpo de Luiz Chagas de Lima, 44 anos, foi encontrado no dia seguinte (18) dentro do reservatório que explodiu. Ele era gestor do armazenamento de álcool e trabalhava desde 1996 na empresa que pertence ao Grupo Biosev SA.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das indústrias de fabricação de álcool de Rio Brilhante, Oviedo Santos, disse que não entrou em contato com a Polícia Civil sobre o caso, pois estava envolvido na busca pelo funcionário na usina.
Santos disse apenas que Luiz era funcionário “experiente e qualificado” e lembrou que esta foi a segunda morte de trabalhador do setor na região. Ele não soube dizer quantos empregados fixos trabalham nas 5 usinas instaladas no município.
Sobre o caso, a Bioserv divulgou nota informando que a prioridade da empresa neste momento é providenciar todo o suporte e apoio à família do colaborador. Segundo a empresa, a "companhia não medirá esforços para apoiar as autoridades competentes na investigação e nos esclarecimentos dos fatos".