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Interior

MP investiga contratação de médicos sem registro profissional em MS

Pronto Socorro Municipal teve problemas no atendimento que provocaram a morte de dois bebês

Adriel Mattos | 23/11/2021 18:09
MP investiga contratação de médicos sem registro profissional em MS
Pronto Socorro de Bataguassu. (Foto: Divulgação/PMB)

O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) instaurou inquérito civil para apurar falhas no atendimento do Pronto-Socorro Municipal de Bataguassu. A unidade tinha médicos sem registro no CRM-MS (Conselho Regional de Medicina).

A situação foi revelada durante a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, que apurou problemas na rede pública de saúde municipal no início do ano. As falhas acarretaram na morte de dois bebês no Pronto-Socorro.

A comissão apontou no relatório final que a unidade tinha médicos sem registro no quadro de funcionários, além de um profissional da rede particular que supostamente influenciava e interfiria na rotina do Pronto-Socorro.

A promotora Patrícia Almirão Padovan deu 15 dias para o prefeito Akira Otsubo (MDB) se manifestar. O Campo Grande News procurou a prefeitura de Bataguassu, mas não obteve resposta até a presente publicação.

Histórico – Em janeiro, uma mulher grávida perdeu o bebê por falta de atendimento ginecológico. Semanas depois, outro bebê veio a óbito, desta vez por falta de assistência pediátrica.

As mortes levaram à investigação de uma comissão especial da Câmara, o que levou à abertura da CPI. Os trabalhos foram concluídos em setembro, quando uma representação de fato, resumindo as apurações do colegiado, foi entregue ao MP.

No documento, o vereador Cleyton Silva (Podemos), relator da CPI, destacou que as falhas no atendimento persistiram mesmo durante as investigações.

Em setembro, uma gestante foi ao Pronto-Socorro em busca de atendimento obstétrico durante a madrugada de 5 de setembro, mas o médico de plantão marcou consulta pela manhã. Desesperada, a família efetuou um empréstimo para submeter a mulher à uma cirurgia.

Assim, o relator pediu a responsabilização do prefeito sobre o caos na saúde. A partir disso, a promotora de justiça decidiu abrir o inquérito civil.

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