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Interior

MP requisita medidas urgentes contra epidemia de dengue em Selvíria

Cidade ocupa a 2ª posição no ranking estadual de casos da doença, segundo comunicado

Por Silvia Frias | 04/04/2025 07:36
MP requisita medidas urgentes contra epidemia de dengue em Selvíria
Prefeitura de Selvíria realiza limpeza de terreno baldio (Foto/Divulgação)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) solicitou à Prefeitura de Selvíria, a 400 km de Campo Grande, a adoção de medidas urgentes para o combate à dengue. O município vive uma fase crítica da epidemia e atualmente ocupa a 2ª posição no ranking estadual de casos da doença, segundo dados oficiais.

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) requisitou medidas urgentes à Prefeitura de Selvíria, município localizado a 400 km de Campo Grande, para combater uma grave epidemia de dengue. A cidade ocupa atualmente a segunda posição no ranking estadual de casos da doença. Nos dois primeiros meses de 2025, foram registrados 213 casos confirmados e 427 notificações, superando todo o ano anterior. A promotora Ana Cristina Carneiro Dias solicitou à Secretaria Municipal de Saúde o reforço de ações integradas, incluindo mapeamento de áreas críticas, aplicação de fumacê, estratégias para vistoria de imóveis fechados e campanhas de conscientização. Segundo a prefeitura, o aumento dos casos está relacionado ao período chuvoso intenso desde novembro de 2024.

Somente nos dois primeiros meses de 2025, o município registrou mais casos do que em todo o ano anterior, totalizando 213 confirmações e 427 notificações até fevereiro, conforme o Plano de Contingência de Arboviroses 2025-2026.

A solicitação foi encaminhada pelo MPMS de Três Lagoas, por meio da 4ª Promotoria de Justiça. Em janeiro de 2025, o Núcleo de Apoio Especial à Saúde (NAES) do ministério encaminhou à promotoria boletim epidemiológico referente a dezembro de 2024, no qual Selvíria já figurava entre os municípios com alta incidência, ocupando a 39ª colocação no estado.

Diante do cenário, o MPMS instaurou uma Notícia de Fato para iniciar investigação preliminar sobre o avanço da doença na região. No entanto, conforme o boletim epidemiológico da 10ª semana de 2025, foi registrado um salto expressivo nos casos, alçando Selvíria à 2ª colocação no ranking estadual, o que caracteriza quadro de epidemia.

A promotora Ana Cristina Carneiro Dias explicou que, com base nas diretrizes do Ministério da Saúde para a prevenção e o controle da dengue, o MPMS expediu um novo ofício à Secretaria Municipal de Saúde de Selvíria, solicitando o reforço de ações integradas e efetivas de combate à doença.

“Sem medidas preventivas e estratégias de controle bem definidas, os surtos de doenças como dengue, zika e chikungunya podem se espalhar rapidamente, causando impacto negativo na qualidade de vida da população e sobrecarregando os sistemas de saúde locais”, pontuou a Promotora.

Entre as providências requeridas estão:

  • Identificação do Perfil Epidemiológico: apresentação do perfil dos casos confirmados de dengue no município;

  • Mapeamento das Áreas de Maior Incidência: indicação dos locais de residência ou infecção que norteiam as ações de controle do vetor;

  • Adoção de Medidas de Controle: comprovação das aplicações de inseticida UBV pesada (fumacê), com datas e áreas atendidas;

  • Acesso a Residências Fechadas: apresentação de estratégias para vistoria de imóveis fechados;

  • Conscientização da População: realização de palestras em escolas e campanhas informativas em rádio local, orientando sobre prevenção e atendimento médico precoce;

  • Implementação do Projeto "Tampa Fossa": informações sobre a iniciativa de eliminação de criadouros em fossas domésticas, com comprovação das residências atendidas.

Segunda já divulgado anteriormente pela prefeitura de Selvíria, o aumento dos casos está diretamente ligado ao período chuvoso, que aumentou desde novembro do ano passado,  o que cria um ambiente propício para a proliferação do mosquito. “Por isso a importância dos cuidados nessa época. E não só por parte da Prefeitura. A população também deve ajudar, eliminando possíveis criadouros do mosquito”, explicou a bióloga Jeane Alves de Jesus, da Vigilância Sanitária de Selvíria.

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