Pesca esportiva em Corumbá retornou com restrições e medidas de prevenção
Prefeito não descarta suspender novamente atividade, se a pandemiar piorar no município
A pesca esportiva em Corumbá, cidade que fica a 427 km de Campo Grande, retomou as atividades no final de junho, com uma série de medidas de restrição devido a pandemia do coronavírus, que devem ser cumpridas nas embarcações. Além disto, se a situação piorar no município, a atividade pode ser suspensa de novo.
O prefeito Marcelo Iunes (PSDB) explicou que a atividade retornou com um protocolo de biossegurança, que foi recomendado pela Anvisa (Agência Nacional de Saúde)e Secretaria Municipal de Saúde. Entre as medidas está uma barreira sanitária no cais do porto, onde além da aferição da temperatura, tem a desinfecção das bagagens.
Ainda no local é feito uma triagem e questionário aos passageiros, antes de seguir nas embarcações, que precisam se adequar em termos de medidas de higiene e prevenção contra o coronavírus. “Todos os turistas precisam ter o teste negativo para covid-19”, informou a prefeitura.
Após esta reabertura (pesca esportiva), o município informou que houve seis saídas de embarcações em junho, com fluxo de 120 turistas. Já neste mês de julho já tinha 11 embarques confirmados. O prefeito adiantou que a atividade pode ser suspensa novamente, caso agrave a situação da pandemia e reduza número de leitos disponíveis na cidade.
Corumbá já teve 20 mortes registradas por covid-19, com 709 casos registrados, a terceira cidade com mais contágios no Mato Grosso do Sul. Além disto, outra preocupação é em relação ao número de leitos. O último boletim divulgado pelo governo mostrou que o município tem 68% de ocupação (leitos UTI).
Economia – O empresário Josias Vilanova de Moura, de 50 anos, contou que o retorno da pesca ocorreu com várias medidas restritivas, seguindo as regras de prevenção contra a doença, como máscaras, uso de álcool em gel e distanciamento. “Poucas embarcações estão saindo. No meu caso meu barco é menor. Tá bem restritivo”.
Ele contou que teve que parar as atividades nos primeiros meses de pandemia, tendo que recorrer a ajuda do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), que se trata de um linha de financiamento. “Estamos aguardando a vacina, mas se não tiver vai ter que reestruturar a embarcação para trabalhar no ano que vem”.
Já Raquel Amaral Ribeiro, que trabalha no setor, contou que foram quase dois meses de reuniões para acertar as regras do retorno da pesca. “Fizemos treinamentos bem intensos com nossos colaboradores, medição de temperatura dos clientes quando chegam”.
Ela citou que a suspensão e redução de voos também interferiu na vinda de clientes de outros estados e que os cuidados estão redobrados. “Já fizemos 5 viagens. Não teve ocorrência nenhuma (covid-19). Ligo semanalmente para os clientes perguntam sobre sintomas, é importante esse feedback”.
Pacotes - Danilo Barcellos, proprietário do Igaratá Barco Hotel, citou que existem vistorias nos barcos, além de ter que cumprir várias regras. “O setor do turismo foi um dos que mais sofreu, temos essa preocupação porque pode vir um novo decreto e fechar”.
Também contou que no ano passado sua companhia fez 75 viagens, mas que teve que adiar todas as agendas de março, abril, maio e junho. “Expectativa para ano que vem é ótima, temos cinquenta grupos confirmados já. Quem adiou deixou para 2021. O pessoal trabalha com medo, o turista tem que assinar um termo de responsabilidade”.