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Interior

PF investiga sul-mato-grossense por fraude em contratos no combate à covid em SP

Nesta manhã, residências de envolvidos no esquema, empresas e órgãos públicos são visitados por policiais

Geisy Garnes | 21/07/2021 07:58
Equipes realizam duas operações contra a Prefeitura de Guarulhos nesta manhã (Foto: Divulgação)
Equipes realizam duas operações contra a Prefeitura de Guarulhos nesta manhã (Foto: Divulgação)

Policiais federais de São Paulo estão em Três Lagoas, cidade a 334 quilômetros de Campo Grande, para investigar fraudes em contatos com a Prefeitura de Guarulhos durante medidas de combate a Covid-19. As ações desta quarta-feira (21) ocorrem durante duas operações: a Florença e a Covil-19.

A primeira é continuação da operação Veneza, que em fevereiro revelou superfaturamento na aquisição de produtos descartáveis com recursos federais destinados ao combate à pandemia de covid-19. Já a segunda apura as irregularidades na montagem do Hospital de Campanha da cidade no ano passado.

Juntas, as ações desta manhã cumpre 23 mandados de busca e apreensão na cidade sul-mato-grossense e outros sete municípios: Artur Nogueira Campinas, Guarulhos, Monte Mor, São Caetano do Sul, São Paulo e Teófilo Otoni, em Minas Gerais.

Apesar de terem focos diferentes, as operações possuem os mesmos alvos e apresentam o mesmo esquema de corrupção. Residências de envolvidos no esquema, empresas e órgãos públicos são visitados pelos policiais nesta manhã.

Florença - A primeira fase da operação foi realizada após a Polícia Federal identificar aquisição sem licitação de 300 mil máscaras descartáveis por custo unitário de R$ 6,20. Compra que ultrapassou R$ 1,8 milhão.

Segundo divulgada na época, a prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo, aproveitou a possibilidade de contratações emergenciais por conta da pandemia para direcionar e superfaturar os contratos. Um dos fatos que chamou atenção das equipes foi de que a empresa escolhida para fornecer as máscaras era registrada com apenas um funcionário e o dono não tinha condições econômicas para abrir o negócio.

Os valores foram depositados antes mesmo da entrega dos produtos, que foram enviados por etapas e com baixa qualidade. A polícia descobriu ainda que a mesma empresa vendeu máscaras para um hospital por valor de R$ 4,80 cada máscara.

Desta vez são apurados crimes de fraude ao caráter competitivo da licitação, de dispensa irregular e fraude à licitação para causar prejuízo à Fazenda Pública, associação criminosa, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.

Covil-19 - Os policiais também cumprem mandados da operação Covil-19, que decorrem da identificação de irregularidades inerentes à contratação, por dispensa de licitação, de empresas privadas e organização social para a prestação de serviços no hospital de campanha instalado no município de Guarulhos, em março de 2020.

As irregularidades aconteceram na montagem da estrutura, fornecimento de serviços médicos, alimentação, locação de equipamentos e unidades móveis e transporte. O valor total dessas contratações ultrapassa 53 milhões de reais.

Informações obtidas revelaram que parte expressiva dos valores foi repassada para microempresa sediada em Minas Gerais, no entanto os valores se mostravam incompatíveis com a capacidade econômica da beneficiada, assim como a empresa que forneceu as máscaras.

(Matéria editada às 11h31 para correção de informações)

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