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Interior

Pivô de prisão, vereadora diz que colega pediu R$ 80 mil de propina

Vereadora em Água Clara, Márcia Queiroz Vida (PT do B) foi presa na terça-feira (19) pelo Gaeco

Guilherme Henri | 22/12/2017 10:16
Vereadora Gerolina Alves (PSDB) (Foto: Divulgação)
Vereadora Gerolina Alves (PSDB) (Foto: Divulgação)

Pivô na prisão da segunda vice-presidente da Câmara de Vereadores de Água Clara – a 198 km da Capital, a vereadora Gerolina Alves (PSDB) confirmou que foi cobrado dela o valor de R$ 80 mil para que não fosse cassada.

A segunda vice-presidente, Márcia Queiroz Vida (PT do B) foi presa na terça-feira (19) na Operação Voto de Minerva deflagrada pelo Ministério Público do Estado por meio da Promotoria de Justiça de Água Clara, e a Polícia Civil, com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Por meio de nota divulgada no jornal Folha News, Gerolina explicou que o processo de cassação em trâmite na Casa de Leis se deve a uma suposta perseguição política onde foi acusada de quebra de decoro.

Desde então, por meio de outra pessoa, que não teve a identidade revelada, a vereadora Márcia Queiroz Vida tentou tirar vantagem da situação cobrando o valor de R$ 80 mil para que votasse contra a cassação de Gerolina.

“Infelizmente os atos praticados por ela registrados neste episódio constitui crime grave, prática que o povo reprova e abomina, pois não são compatíveis com uma representante do povo, de uma mulher pública honesta e decente; eu, na condição de vítima, sofri angustia que não desejo a ninguém”, desabafa.

O Campo Grande News entrou em contato com a Câmara de Vereadores de Água Clara e foi informado que a vereadora Márcia Vida e assessor não estavam na Casa de Leis. A reportagem também tentou contato com a vereadora por meio do celular, porém o aparelho estava desligado. Devido ao período de recesso de fim de ano não foi possível saber se a vereadora continua presa.

Operação - O promotor Paulo Henrique Mendonça foi quem conduziu as investigações. Foi apurado que Márcia cobrava a propina por meio de uma terceira pessoa, que também foi preso na ação. 

Além das prisões também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão sendo no gabinete e casa da vereadora e o outro referente ao segundo envolvido.

Na ação, foram apreendidos, os aparelhos celulares dos alvos. Eles podem responder pelos crimes de corrupção passiva e tráfico de influência.

A operação foi batizada como Voto de Minerva, pois é o que decide uma votação quando há empate. O termo se refere ao episódio da mitologia grega em que a deusa Palas Atena (que corresponde à deusa romana Minerva) preside o julgamento de Orestes, um reles mortal.

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