ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, TERÇA  19    CAMPO GRANDE 26º

Interior

Polícia Federal envia equipes para investigar morte de jovem na fronteira

Alex Recarte Vasques Lopes, 18 anos, foi encontrado morto a tiros em área entre Paraguai e Mato Grosso do Sul

Ana Paula Chuva | 26/05/2022 17:09
Policiais na região onde o corpo de Alex foi encontrado no sábado. (Foto: Reprodução ABC Color)
Policiais na região onde o corpo de Alex foi encontrado no sábado. (Foto: Reprodução ABC Color)

A Superintendência Regional da Polícia Federal enviou três equipes para investigar a morte de Alex Recarte Vasques Lopes, 18 anos, em uma área entre  Capitán Bado, no Paraguai e Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. O rapaz foi encontrado no dia 21 de maio,  a poucos metros da divisa entre os dois países e no corpo havia marcas de cinco tiros.

Em nota, a Polícia Federal informou que deslocou três equipes, duas da Delegacia de Ponta Porã e uma da Delegacia de Naviraí para a região de Amambaí, onde uma fazenda foi invadida por indígenas em represália a morte de Alex e também para Coronel Sapucaia para levantamentos e depoimentos de testemunhas.

Ainda conforme a PF, já foi instaurado Notícia Crime de Verificação para confirmar se a morte do indígena tem relação com disputas territoriais ou que atinja a comunidade indígena como um todo, “já que, neste caso, seria competência da Justiça Federal em processar e julgar”, finaliza a nota.

Adolescente foi morto a tiros e encontrado em área no lado paraguaio. (Foto: Direto das Ruas)
Adolescente foi morto a tiros e encontrado em área no lado paraguaio. (Foto: Direto das Ruas)

Crime – Na manhã de sábado, a Polícia Civil foi acionada pela liderança da Aldeia Taquaperi informando que havia um rapaz morto na cidade de Capitán Bado, a poucos metros da divisa com Mato Grosso do Sul. O líder buscou informações junto à polícia paraguaia, que já estava apurando o caso.

Para a polícia de MS, a liderança indígena informou que testemunhas ouviram seis disparos por volta das 16 horas do dia anterior, sexta-feira (20), e que Alex poderia ter sido morto na fazenda que faz divisa com a Aldeia Taquaperi. Seis horas depois, por volta das 22h, testemunhas viram uma caminhonete de cor preta indo até a fazenda e saindo rápido, deixando o portão aberto.

Os indígenas desconfiam, conforme boletim de ocorrência, que a vítima foi morta pelo capataz e somente desovaram o corpo no país vizinho. A versão pode ser confirmada, pois a polícia não encontrou indícios de disparo de arma de fogo ou sangue no local onde o corpo foi localizado.

A irmã de Alex foi quem identificou o corpo, que foi encaminhado para o IML (Instituto de Medicina Legal) do Paraguai e depois, liberado para a família. A polícia paraguaia e a Polícia Civil abriram procedimento para apurar o caso.

Nos siga no Google Notícias