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Interior

Polícia indicia falsa farmacêutica que atuava há dois anos em município

Gabriella Lorena Rodrigues foi contratada por prefeitura de município, sem sequer apresentar diploma.

Adriano Fernandes | 18/07/2019 19:30
Fachada da delegacia onde foi instaurado o inquérito sobre o caso. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Fachada da delegacia onde foi instaurado o inquérito sobre o caso. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil indiciou uma jovem, de 25 anos, que mesmo sem ter formação acadêmica atuava há dois anos como farmacêutica na rede municipal de saúde de Eldorado, cidade a 447 quilômetros de Campo Grande. Além de analisar e interpretar receitas e entregar remédios, Gabriella Lorena Rodrigues de Brito tinha total controle sobre todos os medicamentos, inclusive controlados.

Além disso, aplicava vacinas nos pacientes e até participou recentemente de uma campanha de imunização dos presos da delegacia de Eldorado. A Polícia Civil do município passou a investigar a jovem após receber uma denúncia do CRF/MS(Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul).

Durante o inquérito os agentes apuraram junto a uma universidade do interior de São Paulo, na qual acusada dizia ter se formado, que Gabriella cursou apenas três dos dez semestres do curso de Farmácia, tendo inclusive sido reprovada na maioria das matérias.

Ao ser intimada para prestar esclarecimentos, a falsa farmacêutica entrou em inúmeras contradições e acabou confessando o exercício ilegal da profissão. Antes de ser contratada pela Prefeitura Municipal de Eldorado, há dois anos, ela até já teria trabalhado em uma farmácia de Naviraí, entre os anos de 2016 e 2017.

Conforme o delegado Pablo Ricardo Reis, titular da Delegacia de Polícia Civil de Eldorado e responsável pelo caso, no ato da contratação, a mulher não precisou apresentar registro de inscrição no Conselho Regional de Farmácia, e nem sequer o diploma de conclusão do curso de farmácia, que era falso.

“Estamos intimando os servidores municipais para que prestem esclarecimentos, o que poderá dar ensejo a outras responsabilizações penais ou de improbidade administrativa”, comentou.

Como não estava mais em situação de flagrante, a falsa farmacêutica foi indiciada por exercício ilegal da profissão e uso de documento falso, e em seguida liberada para responder em liberdade pelas acusações.

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