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Interior

Policial ligado a contrabandistas enfrenta processo disciplinar, diz PM

Em nota, Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul diz que vem adotando medidas para reforçar valores institucionais

Helio de Freitas, de Dourados | 09/01/2019 09:12
Quadrilha desmantelada em setembro contratava policiais para passagem livre de cargas (Foto: Adilson Domingos)
Quadrilha desmantelada em setembro contratava policiais para passagem livre de cargas (Foto: Adilson Domingos)

O policial militar Joacir Ratier de Souza, acusado de trabalhar para contrabandistas de cigarro da fronteira com o Paraguai, enfrenta procedimento denominado “conselho de disciplina” e pode até ser excluído das fileiras da corporação.

A informação é da Polícia de Mato Grosso do Sul, em nota encaminhada ao Campo Grande News pela assessoria de comunicação.

Acusado de trabalhar para um dos “patrões” do contrabando na Linha Internacional, o ex-PM Fábio Costa, o “Pingo”, Ratier foi preso no dia 20 de setembro do ano passado, na Operação Nepsis, da Polícia Federal.

Ele e outras 25 pessoas, incluindo três patrões contrabando presos no mesmo dia, se tornaram réus por contrabando, corrupção passiva e ativa, organização criminosa e outros crimes. A ação penal tramita em segredo de justiça, na 1ª Vara Federal em Ponta Porã.

Ratier é apontado nas investigações da PF e na denúncia do Ministério Público Federal como “policial garantidor pagador”, ou seja, tinha como missão garantir a passagem das cargas de cigarro e para isso repassava o dinheiro de propina aos companheiros de farda.

Em abril do ano passado, ele foi flagrado pela PF com R$ 94 mil quando viajava de carro de Ponta Porã para Dourados. O dinheiro seria usado para pagar propinas a policiais de Dourados e Douradina, segundo documentos revelados ontem pelo Campo Grande News.

“A PMMS não coaduna com nenhum tipo de desvios por parte dos seus policiais militares, procedendo à apuração rigorosa sobre todas as irregularidades cometidas pro seus integrantes, quando de seu conhecimento”, afirma a Polícia Militar, na nota enviada pela assessoria.

Ainda de segundo a corporação, o conselho de disciplina contra Ratier é conduzido pela Corregedoria da Polícia Militar. “A PMMS vem adotando medidas internas de reforço aos valores institucionais que convergem diretamente à observância das leis e consequente melhoria da prestação de seu serviço à sociedade sul-mato-grossense”, diz a corporação.

Vários outros policiais militares foram presos na mesma operação, mas os nomes não foram revelados, já que o caso está em sigilo.

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