Policial sequestrado pelo EPP em 2014 está morto, revela documento
Edelio Morinigo, soldado da Polícia Nacional, foi sequestrado pelo Exército do Povo Paraguaio, que luta contra o governo daquele país
O policial paraguaio Edelio Morinigo, sequestrado pelo EPP (Exército do Povo Paraguaio), está morto, revelam documentos encontrados em um acampamento do grupo terrorista que age no departamento de San Pedro, a poucos quilômetros da fronteira com Mato Grosso do Sul.
Levado em julho de 2014, Edelio virou símbolo da luta do governo paraguaio contra os terroristas. O EPP tentou trocá-lo por membros do grupo que estão presos, mas não houve acordo. Na manhã de hoje (11), membros do Ministério Público e da FTC, a força-tarefa que luta contra os terroristas, foram até a casa de Edelio para comunicar seus familiares sobre a morte.
Segundo o jornal ABC Color, as pistas foram encontradas na semana passada, após confronto de membros da FTC com os terroristas. Entre os documentos deixados pra trás estava um papel informando que Edelio estaria morto, mas sem informar o local onde o corpo foi deixado.
O EPP mantém ligações com narcotraficantes brasileiros radicados no Paraguai, para facilitar a passagem de cargas de maconha e cocaína, destinadas ao Brasil.
O irmão de Edelio, Milciades Morinigo Florenciano, confirmou que um promotor e o chefe da FTC foram à casa da família e mostraram o documento para Obdulia Florenciano, mãe do policial. Eles prometeram esforços para encontrar os restos mortais do rapaz. Segurando a foto de Edelio, Obdulia, em prantos, disse que há algum tempo já tinha perdido a esperança de encontrar o filho com vida.
Segundo o governo paraguaio, a última prova de vida de Edelio havia sido dada pelo EPP em 18 de outubro de 2014. Na mensagem, o policial disse que estava bem.