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Interior

Ponta Porã espera vacinar toda população e brasileiros de Pedro Juan

Prefeito Hélio Peluffo (PSDB) já tem montado esquema com quatro locais de vacinação em quatro turnos

Nyelder Rodrigues e Guilherme Correia | 26/06/2021 13:27
Distribuição de doses de vacina da Janssen em Mato Grosso do Sul viraram alvo de polêmica (Foto: Paulo Francis)
Distribuição de doses de vacina da Janssen em Mato Grosso do Sul viraram alvo de polêmica (Foto: Paulo Francis)

Com a chegada de 150 mil doses da vacina da Janssen para 13 cidades da fronteira entre Brasil e Paraguai, a prefeitura de Ponta Porã pretende imunizar toda a população do município, localizada a 338 km de Campo Grande, e ainda os brasileiros que moram na vizinha paraguaia Pedro Juan Caballero.

De acordo com o prefeito Helio Peluffo (PSDB), a cidade de mais de 90 mil habitantes ainda não sabe com quantas irá contar, mas contando com os já imunizados, as doses regulares e as extras da Janssen, será possível imunizar a todos com mais de 18 anos.

"A partir daí não receberemos mais vacinas Coronavac e da Astrazeneca, pois todos adultos já estariam imunizados. Ficaram mesmo só as doses da Pfizer para os menores de 18 anos", explica Peluffo à reportagem do Campo Grande News.

O prefeito ainda revela que foi montado uma grande estrutura para as aplicações, com quatro pontos de imunização - Centro de Convenções, ginásio Rachid Derzi, ginásio Hyran Garcete e carreta da saúde - na cidade funcionando em quatro turnos, das seis da manhã até meia-noite. Estima-se atender 600 pessoas por turno em cada ponto.

Assim, a prefeitura de Ponta Porã pode vacinar até 9,6 mil pessoas por dia. "Estamos agora vacinando na faixa etária a partir de 40 anos com as doses regulares e para adultos acima de 18 anos que apresentem comorbidades, além de trabalhadores de indústria".

Turismo da vacina - Já sobre a população flutuante da fronteira, Peluffo explica que atualmente só de estudantes das universidades paraguaias há entre 12 mil e 15 mil brasileiros na região, sem contar outros que moram do outro lado da fronteira. Ele também promete rigor no trabalho de controle para evitar um "turismo da vacina".

"Temos um rigor muito grande na vacinação, com exigência de comprovantes, título de eleitor, cartão do SUS (Sistema Único de Saúde). Não é para a população do Paraguai, nem de outros cidades. É para os ponta-poranenses e brasileiros que estão nessa faixa de fronteira na qual estamos enquadrados", destaca.

Peluffo ainda complementa que essas pessoas, por estarem diretamente ligados ao Brasil e em constante circulação, precisam ser atendidas. "Temos dois postos que funcionam em regime de portas abertas para receber justamente esse quantitativo de brasileiros que moram do outro lado e não conseguem ser visitados pelos agentes de saúde".

"Brasileiros que trabalham no Paraguai poderão ser vacinados. Tem de apresentar cartão SUS, identidade e CPF", reforça o chefe da pasta de saúde de Ponta Porã, Patrick Carvalho Derzi, que aproveita para completar em seguida.

"Por exemplo, brasileiros casados com paraguaios há mais de 30 anos e que nunca fizeram documentação e agora precisam vacinar, tem de fazer a documentação no Aeroporto, na Polícia Federal, dar entrada e esperar os documentos. A gente não pode vacinar paraguaio sem documento. Somos monitorados pelo Tribunal de Contas e promotoria", explica.

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