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Interior

Primeiro dia de comércio fechado muda cenário na 2ª maior cidade de MS

Poucos carros circulam nesta terça-feira no centro de Dourados; movimento maior só no posto de vacinação contra a gripe

Helio de Freitas, de Dourados | 24/03/2020 11:01
Lojas fechadas no cruzamento da Marcelino Pires com João Cândido Câmara, no centro de Dourados (Foto: Adilson Domingos)
Lojas fechadas no cruzamento da Marcelino Pires com João Cândido Câmara, no centro de Dourados (Foto: Adilson Domingos)

Lojas fechadas, ruas vazias e poucos veículos circulando. Movimento mesmo, só na barraca montada pela Secretaria de Saúde para o primeiro dia da campanha nacional de vacinação contra a gripe, no calçadão da Catedral. Esse é o cenário na manhã desta terça-feira (24) na área central de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Com quase 220 mil habitantes e polo de uma região de 30 municípios onde moram pelo menos 800 mil pessoas, a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul está esvaziada no primeiro dia do fechamento do comércio em geral, determinado ontem pela prefeita Délia Razuk (PTB) para conter a proliferação do novo coronavírus.

“Pedimos aos nossos comerciários que fiquem em casa. Não é momento de lazer, é momento de reflexão e cuidado, mas também de preocupação”, afirmou”, afirmou ao Campo Grande News o presidente do Sindicato dos Comerciários de Dourados, Pedro Lima.

“Se o governo federal não tiver sensibilidade para socorrer trabalhadores e as empresas, principalmente as pequenas, corremos o risco de a pandemia de coronavírus se transformar também numa epidemia de falta de dinheiro e fome”, avalia.

O sindicalista disse que é triste ver o comércio fechado, mas tem esperança que o problema passe logo. “O comerciário é uma categoria guerreira, trabalhadora, que se sente feliz em atender as pessoas, mas agora está com o coração apertado”.

Além do fechamento do comércio em geral e do atendimento ao público das agências bancárias, a prefeita suspendeu o funcionamento das feiras livres e decretou toque de recolher das 22h às 5h da madrugada.

Restaurantes, conveniências, lanchonetes, cafés, padarias e estabelecimentos do ramo alimentício, distribuidoras de água mineral e gás só podem funcionar por entrega em domicílio ou retirada de produtos no próprio estabelecimento, com medidas de prevenção ao contágio.

Em Dourados, a prefeita e os comerciantes relutaram em fechar o comércio. Na sexta-feira, quando boa parte das cidades já tinha fechado as lojas – na Capital até os shoppings já tinham sido fechados – Délia Razuk publicou decreto reduzindo em duas horas o funcionamento das lojas e quatro horas o atendimento no shopping.

No mesmo dia, no entanto, o Ministério Público deu prazo de 24 horas para o fechamento total. No sábado o shopping fechou por tempo indeterminado as suas cem lojas. Já o comércio do centro e dos bairros só fechou hoje.

Até ontem, 17 casos suspeitos de Covid-19 tinham sido notificados em Dourados e nenhum confirmado. Quatro aguardam resultado de exame, nove foram descartados e quatro foram excluídos por não possuírem os critérios definidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Veja o vídeo das ruas vazias no centro de Dourados:


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