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Interior

Produtor faz estudo paralelo e Funai cria novo grupo para avaliar Buriti

Aline dos Santos | 20/03/2014 09:35

Um dos pontos de maior divergência entre fazendeiros e o governo federal, a avaliação das benfeitorias das fazendas na região denominada de Terra Indígena Buriti, nos municípios de Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, é refeita em levantamento paralelo dos produtores e também por nova comissão da Funai (Fundação Nacional do Índio).

Portaria publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União constitui grupo técnico para “continuidade do levantamento e avaliações de benfeitorias em ocupações não indígenas situadas na Terra Indígena Buriti”.

Segundo a publicação, assinada pela presidente interina da Funai, Maria Augusta Assirati, o prazo, a contar de 31 de março, é de 18 dias para execução do levantamento de campo, apresentação do relatório fundiário e do material técnico da avaliação das benfeitorias. O grupo será formado por três servidores, sendo um engenheiro agrônomo e dois técnicos em agricultura e pecuária.

Para o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, a continuidade do levantamento é um gesto do governo federal. “Para não fechar as portas”, analisa.

Contrariados com a avaliação das fazendas, os proprietários realizam um estudo paralelo para fazer contraproposta à União. No levantamento, serão avaliados itens como infraestrutura, topografia, fertilidade do solo.

A compra da área, cenário da reintegração de posse que resultou na morte do índio terena Oziel Gabriel, é discutida desde junho do ano passado, quando uma comitiva do governo federal, capitaneada pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, veio a Campo Grande.

Em janeiro deste ano, o Ministério da Justiça fez oferta de 78,6 milhões por 26 fazendas. Inicialmente, a expectativa era de que a indenização fosse, no mínimo, de R$ 150 milhões pelos 15 mil hectares.

“Mas estou otimista. O governo está trabalhando. Os produtores com paciência e entendendo. Acho que nos próximos 70 dias fecha o negócio”, afirma o presidente da Acrissul.

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