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Interior

Retomada em Caarapó segue de forma pacífica, afirma Polícia Militar

Guarani-kaiowá ocupam fazenda para reivindicar demarcação e denunciar pulverização de agrotóxicos

Por Inara Silva | 22/09/2025 15:07
Retomada em Caarapó segue de forma pacífica, afirma Polícia Militar
Em faixa, indígenas apresentam suas reivindicações em Caarapó (Foto: Aty Guasu/Divulgação)

A ocupação da Fazenda Ipuitã, em Caarapó, a 274 km de Campo Grande, segue de forma pacífica, segundo nota divulgada pela PM (Polícia Militar). Os guarani-kaiowá da Terra Indígena Guyraroká fecharam a porteira da propriedade no domingo (21), alegando tentar impedir pulverizações de agrotóxicos denunciadas desde 2019.

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A ocupação da Fazenda Ipuitã, em Caarapó (MS), pelos indígenas guarani-kaiowá da Terra Indígena Guyraroká transcorre de forma pacífica, conforme informou a Polícia Militar. A ação, iniciada no domingo (21), visa impedir pulverizações de agrotóxicos que afetam a comunidade desde 2019.O Batalhão de Choque foi mobilizado após denúncias sobre possíveis reféns, mas a situação foi resolvida sem uso da força. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, a ocupação também reivindica a demarcação do território, que abriga 90 pessoas em 50 hectares cercados por lavouras.

De acordo com a corporação, equipes foram acionadas após informações de que o caseiro da fazenda e sua esposa estariam sendo mantidos como reféns. Unidades do Batalhão de Choque foram enviadas ao local para intermediar a situação, e, após negociação, não houve necessidade de uso da força. O caseiro foi encaminhado à Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), em Dourados, para os procedimentos cabíveis.

Segurança da área - Segundo a PM, policiais permanecem no local e, até o momento, não há registro de confrontos ou prisões. O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) informou que a ação também envolve mulheres, crianças e idosos e tem como pauta a demarcação do território. A entidade afirma que as pulverizações de agrotóxicos próximas à comunidade vêm se intensificando, causando perdas na produção de alimentos e interrupções de aulas.

A Terra Indígena Guyraroká, declarada de posse tradicional dos guarani-kaiowá em 2009, abriga cerca de 90 pessoas em pouco mais de 50 hectares cercados por lavouras. A Polícia Militar reforçou que aguarda a presença da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) para intermediar as negociações.

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