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Interior

Saúde só autorizou transferência de gêmeos na segunda tentativa

Nícholas Vasconcelos | 24/04/2013 18:38

A Central de Regulação de Vagas só autorizou na segunda tentativa a transferência para Campo Grande dos gêmeos que morreram em Maracaju nesta quarta-feira (24).

A informação da Secretaria de Estado de Saúde, que controla a Central, é que na primeira tentativa de transporte não havia vaga disponível para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal em Campo Grande.

Segundo a Secretaria, a orientação do Ministério da Saúde é que em casos como este, o paciente permaneça nos cuidados básicos onde está até que se consiga uma vaga. Na segunda tentativa, já durante a madrugada, é que a Central conseguiu dois leitos no HR (Hospital Regional) de Campo Grande.

A transferência só começou às 9h de hoje, mas os meninos acabaram morrendo no trajeto. Não foi informado pela Secretaria de Estado qual o motivo da demora entre a autorização e o início do transporte.
Ingrid Soares, 20 anos, mães dos meninos deu entrada no hospital no fim da tarde de ontem já em trabalho de parto.

Os gêmeos nasceram na terça-feira (23) com 1,5 kg e 1,6 kg com problemas respiratórios e precisavam ser levados para uma UTI.

“As UTI’s, as grandes complexidades estão nos grandes centros”, questionou o prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja (PSDB). Ele explicou que a equipe médica do município fez tudo o que estava ao alcance naquele momento, com as enfermeiras bombeando oxigênio durante toda a madrugada.

Além de Campo Grande, a secretaria de Saúde de Maracaju tentou transferir os gêmeos para hospitais em Dourados. O secretario municipal, Carlos Alberto Ortiz, chegou a procurar o MPE (Ministério Público Estadual) em Maracaju e foi orientado levar os recém-nascidos até para hospitais particulares, sem sucesso.

O prefeito explica que na cidade de 32 mil habitantes são realizadas apenas procedimentos de média complexidade, como cirurgias de apêndice, abdômen e que casos que precisam de atendimento especializado são levados para a Capital.

“Nossa regional é Campo Grande, para onde levamos esses pacientes”, detalhou. Ele lembra ainda que municípios vizinhos encaminham pacientes para a Maracaju.

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