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Sem professor, escola que atende filhos de acadêmicos segue fechada

Centro de Educação Infantil da UFGD atende 88 crianças, mas teve apenas uma semana de aula em 2018; pais reclamam da prefeitura

Helio de Freitas, de Dourados | 13/03/2018 10:28
Pais de crianças atendidas em unidade da UFGD durante protesto na prefeitura, na semana passada (Foto: Gleiber Nascimento/Diário MS)
Pais de crianças atendidas em unidade da UFGD durante protesto na prefeitura, na semana passada (Foto: Gleiber Nascimento/Diário MS)

Única escola infantil de Mato Grosso do Sul a atender filhos de universitários, de moradores dos arredores e de servidores, o CEI (Centro de Educação Infantil) da UFGD, teve aula por apenas uma semana neste ano em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Por falta de professores, a unidade suspendeu as aulas no dia 22 de fevereiro e até agora não há previsão de quando vai retomar o ano letivo. São pelo menos 88 crianças de até cinco anos que não têm onde ficar para os pais trabalharem.

Criado em 2012, o Centro de Educação Infantil foi construído com recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil. Pelo acordo de cooperação técnica assinado na época e renovado a cada ano, a UFGD ficou responsável pela manutenção do prédio e a prefeitura pela gestão pedagógica, pela merenda escolar e pela contratação de servidores.

Entretanto, no fim do ano passado a Justiça mandou a prefeitura demitir 300 professores contratados e convocar aprovados em concurso.

Até a posse definitiva, a Justiça autorizou o município a contratar os próprios convocados de forma temporária, só que a maioria ainda não assumiu as turmas e dezenas de escolas municipais de Dourados estão com aula apenas parcial por falta de professores.

O CEI da UFGD atua com 21 professores, sendo seis cedidos e o restante contratado. Por ordem judicial, os concursados do município tiveram de voltar à vaga de origem e os contratados foram demitidos.

"Até agora só foram colocados impedimentos, sem solução. E temos um grave problema que é o da pré-escola, esses alunos estão fora da sala de aula e nós não temos nenhuma solução ainda”, afirmou a presidente da APM (Associação de Pais e Mestres) do CEI da UFGD, Tania Costa.

Na semana passada, pais de alunos atendidos pela unidade protestaram na prefeitura, levando as crianças para campar no pátio do CAM (Centro Administrativo Municipal), onde fica o gabinete da prefeita Délia Razuk (PR). Entretanto, nenhuma providência foi tomada até agora.

“Foram diversas tentativas de diálogos, buscas de soluções, porém até a presente data sem nenhuma posição oficial. Hoje a reitoria da UFGD teve uma reunião com representantes da prefeitura e o secretário de Educação [Upiran Jorge Gonçalves], porém sem data de retorno das atividades. Essa interrupção no aprendizado gera retrocesso ao desenvolvimento das crianças que estão sem atendimento desde o dia 23 de fevereiro", afirmou a presidente do Conselho de Centro do CEI, Andressa Casari.

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