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Interior

Seminário discute corredor de transporte ligando a Bolívia ao porto de Santos

Ferrovia Transamericana aproveitaria traçado hoje explorado pela Rumo, mas dependeria de financiamento de US$ 2 bilhões para sair do papel

Adriano Fernandes | 30/07/2018 21:41
Seminário em Corumbá discutiu implantação de corredor modal rumo ao porto de Santos. (Foto: Divulgação)
Seminário em Corumbá discutiu implantação de corredor modal rumo ao porto de Santos. (Foto: Divulgação)

Audiência no Centro de Convenções de Corumbá –a 419 km de Campo Grande– discutiu nesta segunda-feira (30) a viabilidade de implantação da Ferrovia Transamericana, que ligaria o interior boliviano ao porto de Santos (SP) com passagem por Mato Grosso do Sul. Vice-presidente regional da Fiems (Federação das Indústrias do Estado), Lourival Vieira Costa afirma que, se concretizado, o corredor logístico reduziria custos de transporte para o empresariado local.

Representantes dos governos do Brasil, da Bolívia, de Mato Grosso do Sul e da Prefeitura de Corumbá, assim como empresários, participaram do seminário que defendeu o projeto, ainda sem data para ser viabilizado.

“A ferrovia, sem dúvidas, vai reduzir custos para o empresário de todos os setores. Hoje, o transporte rodoviário custa caro e, com este novo modal, esperamos que seja barateado”, disse Lourival. Segundo ele, os estudos de viabilidade do projeto de construção da ferrovia foram apresentados no encontro, contemplando os regimes regulatórios do sistema de transporte de cada país, leis aduaneiras e infraestrutura de transbordo e intermodal já existentes.

O vice-presidente regional da Fiems pediu agilidade na implantação do projeto, diante da sobrecarga do setor rodoviário –principal modal usado para escoar a produção sul-mato-grossense.

Ferrovia – A Ferrovia Transamericana é vista como uma possibilidade de aumentar o patamar dos produtos da região, abrindo novos mercados internacionais. O projeto abrange 2,4 mil quilômetros de estradas de ferro, sendo 1,6 mil no Brasil e 600 quilômetros em território boliviano. O estudo de viabilidade mostrou potencial para que a ferrovia escoe produtos como celulose, grãos (soja, milho e farelo), combustíveis, fertilizantes, ferro-gusa, minério de ferro, ureia, madeira e açúcar.

Há, porém, algumas condições, como a prorrogação por mais 30 anos da concessão da Ferroeste (o atual traçado da Noroeste do Brasil, de Corumbá ao interior paulista), um roadshow com empresários e um financiamento de US$ 2 bilhões.

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