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Interior

Servidor alvo de operação da PF contra cigarreiros já morreu

Ação cumpriu mandados em Mundo Novo, Naviraí e mais três cidades do Paraná, mas descobriu que servidor suspeito é falecido

Marta Ferreira | 23/10/2020 17:40
Alfândega de Mundo Novo, onde trabalhou servidor já falecido que seria alvo de operação da PF. (Foto: Divulgação)
Alfândega de Mundo Novo, onde trabalhou servidor já falecido que seria alvo de operação da PF. (Foto: Divulgação)

Algo incomum aconteceu hoje durante a Operação “Free Pass” (passe livre, em inglês) da Polícia Federal, para para desarticular quadrilha de contrabandistas de cigarro paraguaio que tinha apoio de funcionário lotado Receita Federal do Brasil em Mundo Novo, cidade a 476 km de Campo Grande. Era para o servidor alvo ser afastado das funções, além de sofrer busca e apreensão, mas a constatação foi de que ele já faleceu.

Ao divulgar a informação, a Polícia Federal não detalhou se a morte foi recente. Procurada, a chefia da alfândega em Mundo Novo disse que não poderia fornecer informações a respeito.

A apuração do Campo Grande News revelou que a Corporação foi provocada pela Receita Federal sobre as ações irregulares do funcionário. Em resumo, ele dava proteção aos contrabandistas que passavam pela região.

Dos cinco mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Federal, foram cumpridos quatro conforme a informação da PF. Um imóvel estava vazio.

A ação – Mundo Novo é rota para as quadrilhas pela posição privilegiada: fica  na divisa com o Paraná e na linha de fronteira com o Paraguai. A ação de hoje teve a participação de 20 policiais, conforme a PF.

Os alvos são residências e estabelecimentos comerciais em Mundo Novo e Naviraí, em Mato Grosso do Sul, e também em Umuarama e Guaíra, no Paraná.

Como sustentam as investigações, a organização criminosa operava na fronteira do Paraguai com articulações em Mato Grosso do Sul e Paraná. Tudo começou após apreensão de carga de cigarros contrabandeados em Mundo Novo, em data não especificada.

Pelo que foi apurado, o servidor alvo da ação tinha função de vigiar os demais colegas e informar aos contrabandistas o momento em que poderiam passar pela Alfândega sem serem revistados.

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