ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 26º

Interior

Três dias após iniciar ações, Exército retira pelotão de região de fronteira

Os 30 militares chegaram sábado ao município onde policial civil foi assinado por traficantes e ontem deixaram o local, apesar de a 11ª fase da Operação Ágata ainda não ter sido encerrada

Helio de Freitas, de Dourados | 22/06/2016 16:10
Presença do Exército em Paranhos durou apenas três dias (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)
Presença do Exército em Paranhos durou apenas três dias (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)

Apesar do apelo de autoridades sul-mato-grossenses e da população da fronteira, o Exército já encerrou sua participação na força-tarefa desencadeada em conjunto com organismos de segurança pública no município de Paranhos, a 469 km de Campo Grande, na fronteira do Brasil com o Paraguai.

A região é dominada pelo crime organizado e na noite de terça-feira passada o policial civil Aquiles Chiquin Júnior foi executado supostamente por ordem de traficantes locais.

O pelotão com pelo menos 30 militares chegou ao município no sábado (18), como parte das ações da 11ª edição da Operação Ágata, mas a presença do Exército na linha de fronteira, cobrada inclusive pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durou apenas três dias. Ontem os militares deixaram o município.

A seção de relações públicas do 17º RC (Regimento de Cavalaria Mecanizado), localizado em Amambai e responsável pela região de Paranhos, confirmou ao Campo Grande News que os militares encerraram a missão naquele município e voltaram para o quartel.

Segundo o oficial responsável pela comunicação social do regimento, os militares podem voltar a Paranhos caso tenha uma nova ordem nesse sentido, mas por enquanto vão permanecer fora da região, apesar de a Operação Ágata ainda não ter sido encerrada.

“É um absurdo que o Exército brasileiro não faça a segurança na linha de fronteira. Nossa população sente medo o tempo todo por causa dos bandidos”, disse hoje um político de Paranhos, que pediu para não ter seu nome divulgado.

Durou pouco – No sábado, quando os militares chegaram a Paranhos, o comandante do 17ª RC Mec, tenente-coronel Regis Rodrigues Nunes, disse que a ação em sintonia com as forças policiais era para aumentar a sensação de segurança no município de 12,3 mil habitantes.

Nesta terça-feira (21), a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul informou que pediu ajuda à polícia paraguaia para localizar e prender os suspeitos de participação na execução do policial civil Aquiles Chiquin Júnior.

Todos estão com as prisões decretadas, mas, de acordo com as investigações, após o crime fugiram para Ypejhu, cidade paraguaia próxima a Paranhos.

Como os envolvidos no assassinato já estão identificados e com as prisões decretadas, a polícia reduziu o número de agentes na cidade. Permanece apenas a equipe da Denar (Delegacia Especializada de Combate a Narcóticos), de Campo Grande, comandante pelo delegado João Paulo Sartori, responsável pelas investigações.

Nos siga no Google Notícias