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Interior

Vereadora aciona polícia depois de ser apalpada por colega durante sessão

Virgínia Magrini (PP) foi à Delegacia da Mulher hoje para registrar boletim de ocorrência contra Maurício Lemes Soares (PSB)

Helio de Freitas, de Dourados | 09/06/2015 17:56
A vereadora Virgínia Magrini entregou à Delegacia da Mulher cópias de fotos momentos após o assédio (Foto: Eliel Oliveira)
A vereadora Virgínia Magrini entregou à Delegacia da Mulher cópias de fotos momentos após o assédio (Foto: Eliel Oliveira)

Quase cinco anos depois de ser sacudida pela Operação Uragano, a Câmara de Vereadores de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, está às voltas com outro escândalo. Na tarde desta terça-feira, a vereador Virgínia Magrini (PP) procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher e registrou um boletim de ocorrência contra o colega de Legislativo, Maurício Lemes Soares (PSB), acusando-o de lhe apalpar as nádegas durante a sessão de ontem à noite.

O episódio teria ocorrido durante entrega de homenagem a personalidades, no plenário da Câmara da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Quando os vereadores se perfilavam para a foto oficial com os homenageados, Virgínia teria sentindo suas nádegas apalpadas.

Pedido de desculpas – Como não teria visto quem fora o autor, Virgínia, que tem 55 anos de idade, reclamou em voz alta e repreendeu os demais vereadores, o que provocou tumulto no plenário. Momentos depois, Maurício Lemes teria assumido o ato e pedido desculpas para a colega, alegando se tratar de “uma brincadeirinha”.

Entretanto, o Campo Grande News apurou que o pedido de desculpas não controlou a situação. Na mesma hora Virgínia procurou o presidente da Casa, Idenor Machado (DEM), e uma reunião foi feita às pressas no plenarinho da Câmara.

Na manhã desta terça-feira, a vereadora procurou os integrantes da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, Marcelo Mourão (PSD), Juarez de Oliveira (PRB) e Cirilo Ramão (PTC). De acordo com informações apuradas pela reportagem, ficou decidido que Maurício seria suspenso por 15 dias, sem direito a receber salário por esse período.

Na delegacia – Entretanto, agora à tarde a vereadora Virgínia Magrini, que é advogada, decidiu procurar a delegacia e denunciar o colega por importunação ofensiva ao pudor. Ela entregou cópia de fotos feitas logo após o assédio. Numa delas, Virgínia aparece de frente para alguns colegas, reclamando do ato. Ela afirmou na delegacia que inicialmente não sabia quem era o autor e até chegou a suspeitar de outro vereador.

Após Virgínia ameaçar levar o caso à polícia, Maurício teria assumido o ato e pedido desculpas. Com a denúncia na delegacia, o vereador socialista pode enfrentar uma ação criminal e até mesmo um processo por quebra de decoro. A vereadora disse que a cena foi presenciada por três assessores dela.

Através da assessoria, a presidência da Câmara informou que por enquanto não vai se manifestar por entender que se trata de um problema pessoal entre os dois vereadores. Uma manifestação do presidente Idenor Machado só deve ocorrer se for formalizado pedido de providências para apurar o episódio.

Maurício Lemes também foi procurado para comentar o caso, mas não foi localizado.

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