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Cidades

Irmãos presos por morte de Dudu conviviam com garoto

Redação | 29/03/2009 19:37

Os dois irmãos adolescentes, apreendidos por ligação com a morte de Luiz Eduardo Gonçalves, moram perto da família do garoto e conviviam com ele no Jardim das Hortênsias, em Campo Grande. Dudu, como era conhecido, tinha 10 anos em 22 de zembro de 2007, quando desapareceu.

"Mesmo que fossem grandes, eles brincavam na rua com meu filho, vinham aqui em casa e até pediam ao Eduardo coisas para comer", revela Eliane Martins. Ainda sem norte, ela conta que não sabe o motivo que pode ter levado os jovens a cometer o crime.

Na sexta-feira (27/03), ela encontrou o advogado contratado pelo pai dos adolescentes apreendidos. Eliane conta que ele perguntou como os meninos eram no bairro e qual o relacionamento que tinham com Dudu.

Eliane revelou desconforto em saber que o advogado havia sido contratado para defender os garotos. "Ele disse que foi a OAB que mandou ele lá",reclamou a mãe.

O pesidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul), Fábio Trad, afirmou que não foi a Ordem a responsável por enviar o advogado para cuidar do caso. No entanto, destacou que todas as pessoas têm direto à defesa.

O caso Dudu, como ficou conhecido, é um dos cinco que está estampado em placas na qual a OAB/MS cobra Justiça. Fábio Trad revela que a Ordem acompanha este e outros crimes que sem solução, mesmo que não estejam na placa, como a morte do dono de um restaurante, João Alberto Fontana, executado em São Gabriel do Oeste morte ocorrida em 16 de fevereiro. Outro casos é do advogado Nivaldo Nogueira de Souza, assassinado em 23 de março no município de Costa Rica.

Segundo Fábio Trad, sempre que a OAB/MS requisita informações referentes aos casos, à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), obtém resposta. Para o presidente da entidade, o esclarecimento do caso Dudu reforça o anseio da OAB/MS de que a sociedade não compactue com a impunidade.

"A OAB/MS vê com muito bons olhos a perspectiva de elucidar este caso, que é um mistério", completa.

O Instituto de Criminalística analisa desde 15 de março uma ossada desenterrada em uma área em frente ao Museu José Antônio Pereira. O fato novo é motivo de angústia para a família de Dudu, que já tenta angariar recursos para o funeral do garoto.

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