Jovem é sequestrado e agredido a socos e coronhadas

Ronaldo César Nunes, 26 anos, foi sequestrado, agredido e abandonado na região conhecida com Inferninho, em Campo Grande.

Ele conta que por volta de 20 horas de sábado parou em um telefone público nas proximidades do Centro Esportivo da Vila Nasser. Antes de fazer a ligação, foi abordado por dois homens com armas de fogo.

Segundo Ronaldo, os bandidos o obrigaram a entrar em um Gol branco, modelo antigo. Um dos bandidos dirigia o veículo e o outro saiu com a moto da vítima, uma Yamaha.

Ronaldo fala que quando entrou no veículo, não acreditou que seria um assalto. "De início não acreditei neles. Até chamei um de moleque. Só quando veio a primeira pancada acreditei."

A vítima ficou no banco do passageiro do Gol. Cerca de três quilômetros depois do local da abordagem, já nas proximidades do Clube do Trabalhador do Sesi, foi colocada no porta-malas.

Ronaldo foi então levado para um matagal pouco antes da cachoeira do Inferninho. No local, foi agredido por socos no rosto e abdômen e por coronhadas na cabeça. Além de sofrer as agressões, Ronaldo era colocado e tirado várias vezes do porta-malas do Gol.

"Eles me colocavam e tiravam do porta-malas, me batiam. Ficavam no carro, conversando, escutando música e bebendo, eu acho", relata a vítima.

Ronaldo ficou refém dos bandidos até cerca de 4 horas deste domingo. "Dá vontade de não reagir, a gente fica em pânico", desabafa.

Quando os assaltantes saíram do matagal, Ronaldo seguiu a pé em direção ao bairro José Abrão. No caminho, já por volta de 5h, encontrou com uma viatura da PM (Polícia Militar), pelotão da Coophasul, que fazia rondas pela região. "Quando eu via a viatura foi um alívio".

A vítima estava descalça, com as roupas rasgadas e ainda com o olho inchado, devido às agressões. A moto de Ronaldo foi encontrada a quatro quilômetros do local onde ele ficou refém.

A Polícia acredita que os bandidos deixaram a moto porque acabou combustível do veículo.

Os assaltantes roubaram o tênis de Ronaldo, que está desempregado. Nenhum suspeito foi preso.