Jovem procura Conselho e diz ser pai de bebê abandonado
Um homem de 26 anos apresentou-se na noite de ontem ao
Conselho Tutelar em Campo Grande afirmando que é o pai do menino recém-nascido que foi abandonado na segunda-feira, dia 21, na rodoviária da cidade. Segundo o Conselho Tutelar, o homem foi ouvido duas vezes e disse que a mãe da criança sempre o apontou como genitor. Ela, porém, nega.
Ainda de acordo com o Conselho Tutelar, somente um exame de DNA vai precisar a paternidade. A situação será repassada nesta tarde para o juiz da Vara da Infância e Juventude Carlos Alberto Carcete de Almeida que estudar o pedido de exame. A identificação por DNA vai acontecer porque, segundo a mãe, o bebê é fruto de relacionamento com outra pessoa que não sabe da gravidez. A mãe disse que se relacionou com o verdadeiro pai do menino por 2 meses.
Já o homem que se apresentou como o genitor ao Conselho Tutelar disse que durante toda a gravidez, a mãe o apontava como sendo o pai da criança. Os dois eram namorados. Ele confessou aos conselheiros que soube do abandono da criança pela imprensa e ficou chocado. Agora, quer a guarda do bebê que está em um abrigo até que a situação seja resolvida pelo juiz.
Nome - Nesta quinta-feira, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul divulgou a identidade da mãe. A divulgação da identidade no site da Polícia Civil aconteceu um dia depois de a Justiça decretar sigilo sobre as investigações em torno do caso.
Na quarta-feira, 23, policiais civis e militares, conselheiros tutelares e técnicos judiciários montaram um cerco para que a imprensa não tivesse acesso à identidade da jovem. No período em que foi levada para depoimento na DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) permaneceu com uma toalha sobre a cabeça que só tirou na sala do delegado.
Ela também foi ouvida pelo juiz da Vara da Infância e Juventude Carlos Alberto Carcete de Almeida e contou com a proteção para não ser fotografada em momento algum. Técnicos judiciários tomaram o cuidado de pedir o afastamento da imprensa, o que aconteceu.
Segundo o juiz, o cuidado foi necessário porque todos os processos que correm na Vara da Infância e Juventude estão em segredo de Justiça, sejam eles civis ou criminais. Ele solicitou laudos psiquiátricos da mãe para precisar se ela tem condições de ficar com a guarda do menino. A expectativa é que o caso seja resolvido em, no máximo, três meses.