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Cidades

Juiz libera ex-servidora que cobrava propina do Hospital do Câncer

Eduardo Penedo e Ludyney Moura | 15/08/2014 18:30
Acusada de cobrar propina é solta .(foto: Victor Marcelo)
Acusada de cobrar propina é solta .(foto: Victor Marcelo)

O juiz federal Odilon de Oliveira concedeu a liberdade provisória da servidora Roberlaine Patrícia Alves, 28 anos, suspeita de cobrar propina de R$ 150 mil em troca da liberação de R$ 2,6 milhões em emendas parlamentares para o Hospital do Câncer Alfredo. Roberlaine Alves foi presa na noite do dia 17 de junho pela Polícia Federal no âmbito da ‘Operação Lantire’.

Segundo o advogado da suspeita, André Stuart,o magistrado acatou o pedido em razão da servidora ser ré primaria, ter residência fixa e não oferecer perigo as investigações. “ O inquérito já foi concluído e o MPF( Ministério Público Federal) já ter oferecido a denúncia”, explica o advogado.

O advogado comentou ainda que já havia ingressado com um Habeas Corpus no dia 26 de junho junto ao Tribunal Regional Federal, mas até agora não houve decisão. “ Os tramites na Justiça Federal são mais burocráticos e até agora não conseguimos o HC, mas agora conseguimos só o relaxamento da prisão”, comenta.

Stuart explicou que o juiz Odilon de Oliveira já intimou Roberlaine Alves para se defender das acusações. O advogado disse que já está preparando a defesa previa, mas ainda não há data definida para ser essa audiência. “Essa foi à primeira vez que ela fez isso e caiu na primeira. Foi um momento de bobeira”, explicou o advogado.

Caso - A chantagem começou no dia 15 de maio, em encontro com o diretor-presidente do hospital, Carlos Coimbra, em Brasília. Primeiro, a servidora exigiu R$ 50 mil para agilizar a liberação de R$ 1 milhão para a compra de dois equipamentos. Depois, cobrou mais R$ 100 mil em troca de emenda de R$ 1,6 milhões para a instituição adquirir acelerador linear.

Indignado com a cobrança de propina, assim que voltou a Campo Grande, Coimbra procurou a promotora de Justiça, Paula Volpe, para denunciar o caso. Ela o aconselhou a acionar a PF (Polícia Federal), que detonou a investigação.
Com a autorização do juiz federal Odilon de Oliveira, Coimbra depositou R$ 50 mil em uma conta bancária informada pela servidora. O procedimento permitiu a PF rastrear a conta, de titularidade do pai de ex-namorado da funcionária do Ministério.

Ainda sob orientação da polícia, o presidente do hospital marcou uma reunião com a servidora em Campo Grande para lhe entregar o restante da propina. Em uma sala monitorada por agentes da PF, com câmaras e escutas, Coimbra entregou R$ 100 mil, em sete folhas de cheque, quatro de R$ 10 mil e três, de R$ 20 mil.

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