Juíz pede laudo psiquiátrico de mãe que abandonou bebê
O juiz da Vara da Infância e da Juventude, Carlos Alberto Carcete de Almeida, determinou a realização de laudo psiquiátrico e análise social da mulher que abandonou um recém-nascido na rodoviária de Campo Grande na noite de segunda-feira.
Segundo o juiz, o resultado sai no dia 30, quarta-feira, e em posse dele será discutido o futuro do menino, que hoje tem quatro dias de vida.
A mãe da criança foi ouvida durante toda a tarde na Vara da Infância e Juventude, após também prestar depoimento na Depca. O caso, como todos nesta vara, corre em segredo de Justiça.
Segundo o juiz, a criança foi transferida para um abrigo onde permanecerá até a solução sobre a guarda. O pai da criança, que ainda não foi identificado pela Justiça, será procurado .
Nesta quarta-feira, ficou determinado imediato registro de nascimento do menino, mas o nome escolhido para ele não será divulgado. Conforme o magistrado, pelos trâmites normais neste tipo de caso, a situação do menino pode ser definida em até três meses. A mãe vai aguardar a decisão em casa.
Ainda segundo o juiz, há possibilidade de a criança ficar com algum familiar enquanto a justiça não define a guarda. Esta hipótese, porém, depende dos laudos psicológicos.
O objetivo é não deixar a criança por muito tempo em abrigos do Estado. Caso fique definido que nem a mãe e nem outros parentes tenham condições de permanecer com a guarda do menino, ele vai para a adoção.
Hoje, 83 casais campo-grandenses estão à espera de um recém-nascido. Se for para adoção, o menino será entregue ao primeiro casal da lista porque já passaram por toda a análise exigida pela Justiça.
Falta de condições