Juízes do Trabalho repudiam assassinato de juíza no Rio de Janeiro
A Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 24ª Região, que engloba Mato Grosso do Sul, divulgou nota ontem repudiando o crime em que a juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, no rio, foi assassinada.
É a seguir a íntegra da nota distribuída pela Associação:
NOTA PÚBLICA
A AMATRA XXIV – Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 24ª. Região, entidade representativa dos Juízes do Trabalho do Estado do Mato Grosso do Sul, vem a público prestar solidariedade aos familiares, amigos e colegas da Juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª. Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), brutal e covardemente assassinada em Niterói(RJ), com 16 tiros, no início da madrugada desta sexta-feira (11/08/11), quando chegava em sua residência.
O violento atentado a um dos membros da magistratura nacional é um atentado contra a sociedade e contra o regime democrático de direito e exige das autoridades públicas constituídas uma pronta apuração e uma rígida resposta a seus autores.
É intolerável que cidadãos dignos, que ocupam cargos de Juízes para disseminar a Justiça e que cumprem e fazem cumprir a Constituição Federal e as Leis da República, sejam alvo desse tipo de atrocidade. O episódio demonstra a fragilidade do sistema de segurança dos agentes públicos que sustentam o regime democrático de direito, expondo as inadequadas e inseguras condições de trabalho a que são submetidos os magistrados de todo o país, ensejando providências urgentes para que atos intimidatórios dessa natureza jamais se repitam.
Jamais haverá uma sociedade justa sem que haja a garantia da independência de seus Juízes.
Os Juízes do Trabalho sul-mato-grossenses reafirmam seu compromisso com a justiça, conclamando os demais magistrados de todo o país, os membros dos Poderes Executivo e Legislativo e todos os demais cidadãos que almejam um futuro mais digno e mais justo para a sociedade brasileira, a empunhar a bandeira da defesa e da valorização da magistratura, repudiando qualquer atitude que atente, física ou moralmente, contra seus integrantes.
Campo Grande (MS), 12 de agosto de 2011.
Juiz LEONARDO ELY
Presidente da Amatra XXIV