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Cidades

Liminar ajuda banco a “furar” greve e várias agências abrem na Capital

Luciana Brazil e Zana Zaidan | 07/10/2013 16:25
Clientes fazem fila para entrar em agência do Bradesco, que voltou a atender (Foto: Marcos Ermínio)
Clientes fazem fila para entrar em agência do Bradesco, que voltou a atender (Foto: Marcos Ermínio)

Mesmo com adesivos que anunciam a greve, parte das agências bancárias no centro de Campo Grande abriu as portas hoje (7) para atender aposentados, pensionistas e outros clientes que aproveitaram a boa notícia. Nas agências que permaneceram fechadas, as filas nos caixas eletrônicos eram imensas logo cedo.

O Bradesco abriu dez das 17 unidades, enquanto três das 26 agências do Banco do Brasil funcionaram. A abertura foi garantida por liminar concedida ao Banco do Brasil e ao Bradesco, que pede o interdito proibitório, ou seja, garantia a posse do estabelecimento.

Com isso, o Sindicato dos Bancários, que comanda a paralisação, fica impedido de pregar cartazes ou pressionar os funcionários a aderir à greve. "Ficamos impedidos de fazer o piquete, mas enxergamos o pedido de liminar como tentativa de nos intimidar e, por isso, vamos continuar com o convecimento dos trabalhadores, e com as manifestações na porta das agências", afirma o secretário-geral do sindicato, Edvaldo Barros. 

No Bradesco das Ruas Cândido Mariano e Barão do Rio Branco, e na agência do Banco do Brasil da Rua 13 de Maio o atendimento começou às 10h30, meia-hora antes do funcionamento normal.

Nas três agências funcionários que não se identificaram garantiram que o atendimento seguira normalmente até às 16 horas. Porém, amanhã a abertura do banco não está confirmada.

Com a greve, a reposição de dinheiro nos caixas eletrônicos ficou comprometida. Alguns caixas ficaram vazios na CEF (Caixa Econômica Federal) da Rua 13 de Maio, segundo uma funcionária terceirizada. Sem se identificar, ela disse que metade dos caixas eletrônicos estava sem dinheiro porque não estava sendo reabastecido.

Segundo a secretária Nira Reis, 55 anos, ontem (6), por volta das 18 horas, no banco HSBC da Rua 14 de Julho, apenas um caixa eletrônico estava disponível. “Os outros estavam desligados. Acho que não tinha dinheiro”, frisou.

“Eu recebi em cheque e precisava depositar para sacar meu dinheiro. Não consegui por causa da greve e tive que ficar pedindo favor para os outros. É muito chato isso”. Hoje a secretária voltou ao banco para tentar depositar o cheque novamente.

“Vim pedir para o meu gerente para ele trocar o cheque porque eu preciso do dinheiro para pagar as contas”, afirmou.

Assembleia - A greve dos bancários completa 19 dias. Das 115 agências da região de Campo Grande, 102 continuam fechadas.

Hoje, às 17 horas, os bancários participam de assembleia onde será votada a proposta oferecida pela Fenaban na sexta-feira (4).

Caso os bancários acatem o aumento salarial, a greve terá fim em Mato Grosso do Sul. "Mas a orientação do comando nacional é não aceitar, já que o índice foi recusado em outros estados. Por aqui deve acontecer o mesmo", acredita Barros.

Segundo ele, os 2,5mil bancários que atuam no Estado tem poder de voto. A proposta da Fenaban eleva de 6,1% para 7,1% o índice de reajuste sobre os salários (aumento real de 0,97%) e para 7,5% sobre o piso salarial (ganho real de 1,34%).

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